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Aulas presenciais retornam nas escolas estaduais de São Caetano

Apesar de greve dos professores anunciada sexta-feira, na EE Idalina Macedo Costa Sodré alunos foram recebidos hoje conforme previsto

Vanessa Soares
Do Diário do Grande ABC
08/02/2021 | 08:33
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Denis Maciel/DGABC


Atualizada às 12h55

Apesar da greve anunciada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) na última sexta-feira (5) contra o retorno às aulas presenciais, as escolas em São Caetano, única cidade do Grande ABC a permitir o início das aulas nesta segunda-feira (8), receberam os alunos da forma como estava previsto.

Na escola estadual Idalina Macedo Costa Sodré, no Bairro Barcelona, os portões foram abertos às 8h e as aulas serão realizadas em horário reduzido, até às 11h20. O número de alunos por sala também está restrito a 10 por turma e o esquema de revezamento será semanal. O ingresso dos alunos na unidade foi realizado cumprindo os protocolos de segurança, como medição de temperatura e uso de máscara obrigatória, embora uma pequena fila tenha se formado na hora da entrada. 

A direção da escola não quis conversar com a equipe do Diário, mas diversos professores compareceram a unidade. "Fomos informados da greve, mas a decisão é individual. Estamos parados há quase um ano e tantos os alunos, como os próprios professores, estão na expectativa por esse retorno. O ano passado foi muito sofrido para todo mundo. Voltar foi uma decisão particular", afirmou a professora de educação física Meire Pacheco Rocha. Uma outra docente, que não quis se identificar, comentou que foi avisada da greve, mas como tudo aconteceu no fim de semana, ela optou por voltar para o trabalho presencial. "Vou entrar para me informar melhor, mas preparei a aula", contou.

A expectativa de pais e alunos também era grande. "Esse retorno era necessário" comentou Vanessa Gorre Oliveira, mãe de aluno do segundo ano do Ensino Médio. Carlos Roberto Lopes, responsável de outra aluna também do 2º ano do Ensino Médio, está torcendo para que o retorno presecial dê certo. "Aos poucos precisa voltar. A expectativa dela (filha) também é grande pelo retorno. Não via a hora de encontrar os amigos", afirmou.

A vereadora da cidadel, Bruna Chamas (PSol), entrou com mandado de segurança civil pedindo a suspensão da volta às aulas na cidade. Em São Paulo,  algumas liminares foram concedidas e o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo indeferiu todas. E foi baseado nessa decisão da instância superior que o juíz Sérgio Sakagawa não acatou o pedido da parlamentar. Em decisão recém-divulgada disse que "a retomada das atividades presenciais será efetuada em harmonia com as fases do Plano São Paulo e com a classificação do ensino, é dizer, há um critério para as unidades de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio e outro para as instituições de ensino superior, fixados diferentes percentuais. Também fora respeitada a autonomia municipal, tendo em vista que o Prefeito Municipal poderá expedir ato fundamentado em sentido contrário."

Nas demais cidades, o retorno presencial na rede estadual e municipal está previsto para 1 de março, conforme determinou o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e, na rede particular, no próximo dia 18. Das sete cidades, apenas Rio Grande da Serra não tem previsão de retorno presencial.

Em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, o governador João Doria (PSDB) falou sobre a baixa adesão da greve na rede estadual. "As aulas começaram de maneira gradual e segura, sem ser afetada pela paralização anunciada pelo sindicato. A maioria dos professores entendeu a importância da retomada das aulas e da segurança que eles têm ao exercerem este direito de praticarem e darem as aulas aos alunos. A partir de hoje 3 milhões de alunos retoma a volta às aulas, em 4.500 escolas de todo Estado. É importante lembrar que o retorno gradual e seguro está condicionado às autorizaçõs das prefeituras", disse.




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