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Temporal destrói ponte em divisa
Isis Mastromano Correia
Kelly Zucatelli
10/02/2009 | 07:00
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Quem dependia da ponte sobre o córrego Taióca, destruída pela chuva do último sábado, deve sofrer os prejuízos por tempo indeterminado. Prefeituras de Santo André e São Bernardo, cidades lindeiras à passagem, não dão prazo para que a construção seja refeita.

A ponte era a principal ligação local entre as duas cidades e importante acesso para a Avenida Pereira Barreto. Depois do temporal restou apenas uma calçada que virou travessia improvisada de motoqueiros e pedestres.

O mesmo impasse já foi vivido há 13 anos pelos moradores no entorno do córrego Taióca. Em 1996, uma enchente derrubou a mesma ponte e o conserto, dividido entre Santo André e São Bernardo, demorou 256 dias para ser iniciado.

Ontem, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informou que a reconstrução da ponte que liga a Estrada João Ducin, no Jardim Oriental, em Santo André, à Rua dos Americanos, no bairro Baeta Neves, em São Bernardo, depende de uma parceria entre municípios que está sendo estudada.

Ainda segundo informações da autarquia, o Semasa tem um projeto para erguer outra ponte sobre o córrego. Mas, a nova construção também depende de parceria com a cidade vizinha.

A Prefeitura de São Bernardo informou que, por enquanto, realizará operações de apoio ao trânsito para auxiliar os motoristas que utilizavam o acesso, mas não forneceu detalhes de como e quando tal ação entrará em vigor.

A Prefeitura de Santo André não se manifestou sobre o que fará para minimizar problemas no tráfego na região do acidente.

As cerca de 30 famílias que moram na beira do córrego e tiveram as casas alagadas reclamam ainda que o trabalho de amparo às vítimas tem sido insuficiente e lento. "A Defesa Civil ainda não esteve aqui", reclamou o porteiro Cristian Peterson de Oliveira, 28 anos.

Os moradores disseram que os bombeiros chegaram quase duas horas depois da cheia e um assistente social foi ao local somente ontem e levando apenas dois colchões.

Comerciantes também contabilizam os prejuízos. "Cairá bastante o movimento, pois as pessoas acharão caminhos alternativos e o fluxo ficará menor nos próximos dias", disse a gerente de um posto de gasolina Andréia Fialho, 35 anos.

Bares da Rua João Ducin ficaram com as portas baixadas ontem. "Perdemos geladeiras, refrigerantes e ficamos sem qualquer condição de funcionar. Ainda temos que terminar a limpeza", lamentou a ajudante Elisângela da Silva, 21.

Juntos, os dois municípios prometem canalizar o córrego. As obras foram iniciadas no ano passado ao custo de R$ 18 milhões. A verba é do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) do governo federal.




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