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Divorciados, mas juntos na mesma casa
Do Diário do Grande ABC
11/12/2020 | 23:59
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Você já viveu ou está passando pela experiência de compartilhar a mesma casa com o seu ‘ex’ ou com a sua ‘ex’? É possível que casais separados vivam em harmonia debaixo do mesmo teto? A separação/divórcio na quarentena está desconfortável?

Nas últimas décadas, o modelo tradicional de família deu lugar a novas configurações. Mudaram as formas de matrimônio e também de separação. Em geral, o processo começava com o distanciamento físico de um dos pares, que deixava o lar; e os trâmites corriam por meses ou anos até que o divórcio fosse concluído.

Antigamente, quando o relacionamento terminava, cada um ia para o seu lado e pronto! Hoje em dia não é bem assim que acontece. Não raro, casais separados continuam vivendo na mesma casa. No entanto, existem três situações distintas.

Na primeira estão aqueles que decidem continuar ‘juntos por opção’. Geralmente porque querem economizar dinheiro para investir na educação dos filhos ou nos próprios estudos e carreira. Como esses ‘ex’ vão acertar os ponteiros depende de acordo. Normalmente dividem as despesas, as tarefas da casa e o cuidado com os filhos.

Em outra situação estão aqueles ‘unidos no sufoco’. São os que, em geral, gostariam de usufruir cada qual o seu espaço, mas, por questões financeiras, não conseguem sobreviver sozinhos. Muitas vezes precisam encarar dívidas e até mesmo desemprego. Sem uma situação estável, há dificuldades no cotidiano que vão demandar muitas conversas e paciência a fim de encontrarem harmonia no lar.

Já os ‘reféns do medo’ são casos geralmente graves. Um dos pares impõe relação de abuso ao outro, quer seja material, de violência física, psicológica, sexual, ou tudo isso junto, usando de manipulação, chantagem ou ameaça. Apenas o algoz se beneficia. Não raro, a vítima se vê obrigada a deixar a casa, arcando com prejuízos materiais e emocionais. Se você vive relação assim, procure ajuda terapêutica e amparo legal!

Como tem sido o relacionamento com o/a ‘ex’ nesta pandemia? Muitos achavam que seria um tormento. Imagine ficar isolado em casa com alguém que nos incomoda! De fato, foram inúmeros os casos de pessoas no limite do estresse. Mas, surpreendentemente, houve casos positivos. Uma mulher, por exemplo, contou que os dois trabalhavam muito e raramente conversavam. Com a pandemia, ela diminuiu as queixas que tinha do ‘ex’ e havia até a possibilidade de tentarem novamente. Há de tudo! Não existe experiência igual. Mas lembre-se, você não está sozinho! Boa sorte!

Gisela Gusmão é colaboradora do site Idivorcei (https://www.idivorciei.com.br), psicóloga, psicanalista e terapeuta de casal e família.


PALAVRA DO LEITOR

Arrastão
É de ficar indignado ao ver as cenas de arrastão na Cracolândia, em São Paulo, através das redes de televisão. Parece que o País, infelizmente, está tomando o caminho de uma Venezuela. E isso só tem um nome: falta de autoridade. Porque a democracia, tanto almejada pelo povo brasileiro, parece que não está dando muito certo no Brasil. Hora de repensar e tomar atitudes mais sérias, antes que se torne caos, porque, depois que o ladrão entrar, não adianta colocar a tranca. Portanto, é hora de ligar o sinal de alerta e escutar o que dizem os mais antigos: ‘Tomar cuidado para não perder o fio da meada’.
Sérgio Antônio Ambrósio
Mauá

Clarice Lispector
Graças ao meu estimado amigo guarujaense/ribeirão-pirense Jorge Luis, lembrei-me que se a inesquecível escritora Clarice Lispector estivesse entre nós, dia 10 teria completado 100 anos! Entre tantos enternecedores e inquietantes poemas lembrei: ‘Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar’.
João Paulo de Oliveira
Diadema

FUABC
Li a reportagem neste Diário a respeito dos recursos per capita destinados por município para a FUABC (Política, dia 9). O que realmente me chamou muito a atenção foi que a Fundação tem 22 mil colaboradores. Para população de 1.727.808 pessoas (Santo André mais São Bernardo e São Caetano) isso representa um colaborador para cada 78,54 pessoas. É exagero absurdo!
Walmir Ciosani
São Bernardo

Lamentável!
Irresponsável, Bolsonaro não tem limites e continua afrontando a paciência dos brasileiros. Em evento no Rio Grande do Sul teve a petulância de dizer que ‘estamos vivendo o finzinho da pandemia’. Justo no exato momento em que o número de infectados diários passa dos 50 mil e o de mortes está acima de 800. O presidente – que chama o coronavírus de ‘gripezinha’, para as mortes diz ‘e daí?’ e afirma ainda que todos brasileiros são ‘maricas’ porque têm medo da Covid-19 –, depois de mais esta desfaçatez, se tiver o mínimo de dignidade pública deverá renunciar ao seu cargo e procurar urgentemente um psiquiatra. O Brasil não pode mais continuar convivendo com a mediocridade de Bolsonaro.
Paulo David
São Carlos (SP)

O presidente do Sehal, Beto Moreira, acredita mesmo que os prefeitos do Grande ABC – principalmente Orlando Morando, Paulo Serra e José Auricchio Júnior, todos do PSDB – irão acatar e compreender a necessidade que a categoria cita ter descrita em carta de repúdio após a decisão do governador João Doria de retroceder todo o Estado à fase amarela e, assim, alterar horários de funcionamento dos estabelecimentos, inclusive restaurantes, bares e pizzarias? Lamento muito, mas é pouco provável que os citados compreendam a necessidade da categoria e tomem atitude diferente da do Doria, pois os mesmos não fazem nada de diferente que desagrade o governador, servem primeiro ao Doria, depois aos próprios interesses e, por último, caso sobre tempo, a população. Prova disso é a questão da Linha 18-Bronze do Metro! Não creio que irão querer comprar essa briga com o governador, pois já está bem claro que a disputa para 2022 começou e os interesses de ambos os lados também. Porém, estarei na torcida para que consigam ao menos serem ouvidos.
Thiago Scarabelli Sangregorio
São Bernardo

R$ 250 milhões no lixo
É ato de insanidade administrativa o que comete o governo de Jair Bolsonaro, porque vai jogar R$ 250 milhões, de recursos dos contribuintes, no lixo para distribuir ‘kit Covid’, com hidroxicloroquina e o antibiótico azitromicina, sem nenhuma comprovação científica para combater o coronavírus. Com esse dinheiro seria possível comprar mais de 13 milhões de doses da vacina de Oxford, a AstraZeneca. Mas, infelizmente, vidas não importam para ele.
Paulo Panossian
São Carlos (SP) 




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