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Não tem sentido reservar a direção do FMI para europeus, diz Strauss-Kahn
Da AFP
01/10/2007 | 12:00
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O francês Dominique Strauss-Kahn, nomeado nesta sexta-feira diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), considera que a regra implícita que reserva a liderança da entidade para um europeu e a do Banco Mundial para um americano "já não tem sentido".

Em entrevista ao jornal francês Lê Monde, Strauss-Kahn afirmou que "o acordo tácito entre os americanos, que ficam com a direção do Banco Mundial, e os europeus, que indicam um dos seus para a liderança do FMI, já não tem sentido."

"Um cidadão de um dos 185 Estados membros deve poder dirigir o Fundo, se tiver a competência necessária”, acrescentou na entrevista divulgada nesta segunda-feira.

Strauss-Kahn, que substituirá a partir de 1º de novembro o espanhol Rodrigo Rato, também considerou que o FMI "já não pode se contentar em ser um 'guarda' que empresta dinheiro em contrapartida de regras muito duras para os países em dificuldades".

O FMI atravessa uma crise de legitimidade, já que os grandes países emergentes e em desenvolvimento exigem melhor representação, e enfrenta também uma crise de financiamento, pois cada vez menos países recorrem aos seus empréstimos.




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