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DHPP investiga morte de Emile
Sucena Shkrada Resk
Do Diário do Grande ABC
10/10/2004 | 15:41
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Policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) e da Delegacia de Homicídios de Santo André reforçaram neste sábado a equipe da Polícia Civil de Rio Grande, chefiada pelo delegado Sérgio Simionato, para dar conta da investigação sobre o assassinato de Emile Perez de Souza, 10 anos. O corpo da menina foi encontrado na manhã de quinta-feira, no Km 1,5 da estrada da Caracu, e foi enterrado na sexta-feira no cemitério municipal São Sebastião.

A garota havia desaparecido na tarde de domingo (3), depois de ter estado ao lado do pai, o candidato a vice-prefeito derrotado nas eleições Nilson Gonçalves de Souza, 40, que fazia corpo-a-corpo com eleitores em frente a uma escola estadual, localizada na Vila Suzuki.

A mobilização inclui investigadores das duas delegacias especializadas e mais quatro da Civil da região, que na manhã deste sábado fizeram um esforço concentrado para coletar depoimentos e provas que possam solucionar o crime, que chocou a cidade que tem pouco mais de 38 mil habitantes.

De acordo com o delegado Simionato, todas as hipóteses sobre a motivação do crime estão sendo estudadas, desde pedofilia até questões políticas. Também foi ouvido Luiz Carlos Gomes da Silva, 26 anos, preso na noite de quinta-feira em Ribeirão Pires sob a acusação de ter estuprado uma adolescente de 16 anos, que o reconheceu como agressor. Silva, porém, em depoimento dado à polícia, negou ter violentado ou matado Emile.

“Já ouvi mais de 20 pessoas e vou chamar outras nos próximos dias que nos forneçam mais informações”, disse o delegado. Ele afirmou ainda que aguarda o resultado do laudo do IML (Instituto Médico-Legal), que vai indicar a causa da morte da menina e esclarecer se ela sofreu violência sexual. O pai, Nilson Gonçalves de Souza, afirmou, na sexta-feira, que teve acesso ao laudo, o qual indicava que Emile não tinha sofrido violência sexual.

O laudo, porém, segundo Simionato, depende de exames complementares e deve ficar pronto dentro de dez dias. Ele esclareceu ainda que o prazo legal para entrega do relatório da perícia é de um mês.

Versão – A mãe de Emile, a comerciante Lúcia Aparecida Perez de Souza, 40, afirmou que a morte da filha deixou um vazio em sua vida. “Quero que seja feita justiça.” Ela contou que confia na versão do lavrador aposentado Mario Antonio Godoy, 75, que comunicou à polícia ter encontrado o corpo da menina, após ter recebido um “aviso de Deus”. “Esse senhor é como um pai para mim. Sempre fala a verdade, só quis nos ajudar”, disse Lúcia.




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