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Para 65% da população do ABC, saúde é prioridade
Ana Macchi
Do Diário do Grande ABC
26/07/2003 | 18:28
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Saúde é o tema mais lembrado pela população de Santo André, São Bernardo e São Caetano quando o assunto é qualidade de vida. A conclusão é da pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa (Inpes) do Imes (Centro Universitário Municipal de São Caetano) com dados comparativos entre 2001 e este ano. Mais de 65% dos entrevistados mencionaram espontaneamente a preocupação com a saúde como o item mais importante para se viver bem. Na seqüência, os assuntos destacados foram a segurança pública e as boas condições para o setor educacional.

O novo conceito de qualidade de vida mudou se comparado a 2001, época em que 58% achavam que mercado de trabalho era um tema mais importante. Nesta mesma pesquisa, a saúde ficou em terceiro lugar.

Entretanto, boas condições para o mercado de trabalho é um tema que não saiu da cabeça das pessoas. Na pesquisa deste ano, o Inpes aproveitou para questionar qual dos assuntos seria prioridade para os entrevistados. Neste ponto, não deu outra: mercado de trabalho acabou sendo o tema mais citado.

Ao falar em saúde neste ano, os entrevistados citaram que gostariam que fossem construídos mais postos de saúde e hospitais públicos, pediram um aumento na contratação de médicos e melhora no atendimento. Nas áreas de educação e segurança pública, a população considera que boa qualidade de vida é ter bom ensino e policiamento nas ruas. Quando o assunto é mercado de trabalho, solicitam o óbvio: aumento significativo de oferta de empregos.

O Inpes ouviu 688 pessoas maiores de 18 anos e de diversas classes sociais. No instituto, qualidade de vida voltou a ser assunto da pesquisa devido ao tema ser uma das atuais preocupações da política pública regional.

Um dado interessante do levantamento se refere especificamente às expectativas das classes sociais, separadas isoladamente. “Constatamos que há uma preocupação com as questões ambientais muito mais significativa para a classe A/B e a D/E do que para a C. Em compensação, a população da classe D/E tem quase o dobro da preocupação com condições de água e recolhimento de esgoto do que as demais classes”, disse a coordenadora geral da pesquisa, Maria do Carmo Romeiro.

De acordo com a pesquisa, infra-estrutura é sinônimo de qualidade de vida para os moradores mais pobres da região abordada pelo estudo. São eles que mais lembram a necessidade de melhorias para as condições de trânsito e de escoamento de água em períodos de chuvas. Asfalto, iluminação e qualidade da água e do tratamento do esgoto também tiveram destaque.

No outro extremo, a população de classe A/B crê que segurança e temas menos abordados, como lazer, esporte e cultura, melhoram a vida das pessoas.

Até mesmo ética política foi lembrada por uma parcela dos entrevistados das classes A, B e C. As classes D e E não mencionaram preocupação com o assunto.

Mas, em geral, todas as classes concordam que saúde, educação, segurança e mercado de trabalho são fatores essenciais para a construção da qualidade de vida. “Percebemos que, em relação à pesquisa de 2001, as classes começaram a valorizar mais os mesmos temas. Antes, havia uma diferença percentual entre as classes nesses principais tópicos”, afirmou Maria do Carmo.

Regional – O trabalho faz parte de uma pesquisa socioeconômica que o Imes elabora desde 1983. Outros itens direcionados exclusivamente ao mercado de trabalho, hábito de leitura e posses de bens estão em conclusão e deverão também ser divulgados publicamente para pesquisa a interessados em dados sobre comportamento regional. Nessa pesquisa, a margem de erro foi de 4%.




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