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Bairro de São Bernardo fica sem água por quatro dias
Sergio Campos
Da Sucursal do Diário em São Bernardo
03/10/2001 | 22:09
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Cerca de 80% das residências do bairro Las Palmas, em São Bernardo, ficaram sem água durante quatro dias, para que o DAE (Departamento de Água e Esgoto) do município fizesse a manutenção da rede que rompeu na rua Guarapés. O conserto só foi feito no fim da tarde desta quarta, tempo que, segundo os moradores, foi longo demais, uma vez que o vazamento era pequeno. Aproximadamente 700 famílias ficaram sem água no bairro.

A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que a suspensão temporária do fornecimento de água aconteceu para possibilitar a execução dos reparos na rede pelas equipes do órgão. Dois rompimentos foram constatados, o primeiro na rua Guarapés, e o segundo, na rua Maria Margarida.

O presidente da associação de moradores do Jardim Las Palmas, José Oliveira Pinheiro, afirmou que houve negligência no atendimento do DAE aos moradores. “Foi apenas um cano furado nessas ruas, que poderiam ser trocados em 20 minutos, mas eles levaram quatro dias para fazer o serviço”, disse Oliveira.

Segundo a assessoria de imprensa, o DAE constatou que houve o rompimento de duas adutoras e não “apenas de dois canos”. Justificou também que a demora ocorreu por causa da dificuldade que ocorre na troca desse tipo de tubulação. O DAE ainda não descobriu o que ocasionou os danos às adutoras e, conseqüentemente, o rompimento da rede. Mas garantiu que o fornecimento de água do bairro começaria a ser normalizado na noite desta quarta.

Durante estes dias de seca, a alternativa adotada pelos moradores era o armazenamento de água da chuva em tambores, para utilizar na lavagem de roupas, louças e no banho. “Graças às chuvas desses dias, eu consegui juntar água para lavar roupa, senão, meus filhos não teriam roupa limpa para vestir”, disse a dona de casa Conceição Duarte da Silva, 28 anos.

Alguns moradores foram até as margens da represa Billings pegar água para utilizar em alguns serviços domésticos, como lavar louça. “Na hora do desespero, usamos qualquer água que for possível pegar”, afirmou a dona de casa Maria Verônica dos Santos, 50 anos, que na manhã desta quarta recolhia água da represa com a filha Jéssica, 8 anos.




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