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Empresário é achado morto em cela após ser preso
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
22/03/2003 | 22:06
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O empresário Michael Douglas Ferreira, 26 anos, de São Paulo, foi encontrado morto na madrugada de sábado dentro de uma cela do 1º Distrito Policial de São Bernardo, horas depois de ter sido preso em flagrante por uso de documento falso, receptação e porte de arma. A polícia alega que ele teria cometido suicídio. A família, no entanto, contesta.

Segundo policiais da delegacia, que não quiseram se identificar, Ferreira teria sido abordado por policiais militares na rua dos Vianas, em São Bernardo, por volta da meia-noite de sexta-feira, quando dirigia uma caminhonete Cherokee. Os policiais teriam suspeitado do empresário. Ao descer do carro, Ferreira portava, segundo os policiais, uma carteira de identidade com o nome de Michael Douglas Skirda, uma pistola e uma falsa identificação de policial civil, entre outros objetos..

Ferreira foi levado para a delegacia, onde foi registrado o BO (Boletim de Ocorrência) do flagrante. Em seguida, ele teria sido encaminhado para uma cela onde não haveria outros presos, segundo os policiais. Quando a mulher do acusado chegou à delegacia, o delegado plantonista Nélson Neves de Oliveira encontrou Ferreira já morto, suspenso por um cordão, com uma das extremidades atadas em uma grade, dentro da cela.

Ainda de acordo com os policiais, Ferreira já tinha passagem pela polícia por homicídio e porte ilegal de arma. Quanto à caminhonete que dirigia, ela estava em nome dele e teria sido comprada por Ferreira recentemente.

Dúvida – A mãe da vítima, Ivandete Nicacio Ferreira, 44 anos, de São Paulo, disse sábado à tarde quando saía do Serviço Funerário Municipal, em São Bernardo que “não acredita que o filho teria se enforcado”. Na sua versão, seu filho teria sofrido uma tentativa de assalto e reagido no farol, quando a polícia surgiu. “Soube que ele apanhou na delegacia, pois ele ligou para a gente pedindo um advogado”, contou. Ivandete não confirmou que ele era policial civil, mas que tinha “três empresas de segurança e fez curso de investigação”. Para a reportagem, ela disse que o sobrenome do filho era Skirda.

A reportagem não teve acesso ao BO do flagrante, apenas ao do suposto suicídio. No segundo BO (suicídio), a relação de objetos apreendidos não fazia menção ao falso documento de policial civil. Porém, constava o registro de arma no nome de Michael Douglas Ferreira.




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