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Furto e roubo de veículos recuam 36,7%
Evandro De Marco
Do Diário do Grande ABC
07/02/2011 | 07:37
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Além da redução no índice de homicídios, a região do Grande ABC comemora o recuo de 36,72% nas ocorrências de furto e roubo de veículos, se comparados os anos de 2001 e 2010, mesmo com aumento da frota nas sete cidades durante mesmo período.

O dado mais expressivo é referente a Santo André, que registrou queda de 54,96%. São Caetano (-34,19%), São Bernardo (-30,88%) e Mauá (-27,13%) também apresentaram resultados importantes para a redução das estatísticas. Rio Grande da Serra teve o maior declínio (-58,97%), porém, por ter frota mais modesta, não acentuou ainda mais a diminuição do índice.

Apesar do fechamento da década ser considerado positivo, três cidades da região (Santo André, São Bernardo e Diadema) ainda figuram entre aquelas que têm maior incidência deste tipo de crime no Estado.

Para o comandante da Polícia Militar na região, coronel José Luiz Martins Navarro, a situação de Diadema, por exemplo, se complica devido aos vários acessos à Capital.

 "Muitos ladrões de veículos agem em São Paulo e se dirigem à Diadema porque é muito difícil a gente conseguir fechar os acessos que, muitas vezes, acontecem por ruas pequenas que ligam as duas cidades. Nosso objetivo é reforçar com operações divisa", prometeu o coronel.

Ainda assim, o especialista em segurança pública José Vicente da Silva acredita que os dados são extremamente positivos e existem motivos para comemorar. "A queda é notável. A quantidade de veículos nas ruas aumentou. A frota praticamente dobrou nesses dez anos."

Navarro revelou que, entre março de 2010 e o dia 31 de janeiro deste ano, 165 mil veículos foram licenciados no Grande ABC, que hoje possui frota de 1, 176 milhão de veículos. "Isso sem contabilizar, aqueles que estão apenas em trânsito por aqui."

As operações especializadas para combate aos furtos e roubos de veículos, a atuação junto aos desmanches clandestinos e as novas exigências para transferência de documentação de veículos são, segundo os especialistas, as principais armas para combate a este tipo de crime.

 Preço do seguro não acompanha queda

 Apesar da queda de quase 37% nos números de furto e roubo de veículos na região, o preço dos seguros não acompanhou os índices com a mesma intensidade, mesmo o número de ocorrências ser responsável por até 70% do preço final da apólice.

Segundo o presidente do Clube dos Corretores de Seguro do Grande ABC, Marcelino Odlevati, isso acontece porque os preços são reajustados apenas com base nos sinistros registrados por cada seguradora em cada cidade, sem levar em consideração o resultado divulgado pela SSP, que engloba as ocorrências de forma geral, mesmo com veículos sem seguro. "A seguradora mede o risco que cada região oferece e tarifa de acordo com seu próprio resultado apontado pelo banco de dados particular."

Ainda assim, Odlevati assegura que o recuo no número de ocorrências vem refletindo no mercado. "A taxa média de seguro em 2009 era de 5% do valor do veículo. em 2010 caiu para 4,5%. Em 2001, o preço médio do seguro de um carro popular era de R$ 2 mil. Agora, já pe possível conseguir por R$ 1,5 mil, queda de 25%."

 Aumentam furtos e roubos em geral

 Se as ocorrências de homicídios e furto e roubo de veículos tiveram diminuição acentuada na última década, o mesmo não aconteceu com furtos e roubos em geral nas sete cidades do Grande ABC.

Os furtos - subtração de objetos sem emprego de violência ou grave ameaça - cresceram 7,14% na região, enquanto o índice foi ainda maior com relação aos roubos: 12,6%.

O crescimento já havia chamado a atenção do atual secretário estadual de Segurança Pública. Antonio Ferreira Pinto determinou, ao assumir o cargo em março em 2009, como prioridade o combate aos crimes contra o patrimônio.

Com base nesses dados, o delegado seccional de São Bernardo e São Caetano, Rafael Rabinovici optou por reforçar o SIG (Setor de Investigações Gerais), alocando dois delegados operacionais somados ao delegado Paulo Gilberto Negrão. "Vamos intensificar nossa parceria com a Polícia Militar", disse Negrão.

O comandante da PM na região, coronel José Martins Navarro, fez questão de ressaltar que os índices, apesar de terem mostrado aumento de furtos e roubos, estão em curva decrescente nos últimos anos. Navarro acredita que campanhas de conscientização poderão auxiliar do decréscimo mais acentuado do número de casos.

 "O criminoso age de acordo com a oportunidade. Tudo que fizermos para dificultar é positivo, como a campanha para evitar o crime conhecido como ‘saidinha de banco'. São palestras dentro das agências bancárias para o cidadão tomar medidas para evitar a ação dos ladrões."




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