Ribeirão Pires tem os melhores números, com 27% do público-alvo imunizado contra a poliomielite, mas abaixo dos 95%, que são esperados
O Dia D da vacinação contra a poliomielite que aconteceu em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do Grande ABC no sábado não foi suficiente para alavancar o percentual de imunização no público-alvo, que são crianças de zero a 4 anos. A melhor situação entre as cidades da região é de Ribeirão Pires, que com a campanha, chegou à taxa de 27,1% da faixa etária protegida contra a doença, que causa a paralisia infantil. Ainda assim, o número é bem abaixo dos 95% previstos no PNI (Programa Nacional de Imunização).
Informações do DataSus, banco de dados do Ministério da Saúde, publicadas pelo Diário no dia 4 de outubro, mostram que apenas 61% das crianças até 4 anos estavam vacinadas na região antes do início da campanha nacional, que começou no dia 2 e vai até o dia 30. As piores situações no Grande ABC são de São Bernardo e Ribeirão Pires, com apenas 21% e 21,6% das crianças imunizadas até agora, respectivamente, de acordo com dados enviados ontem pelas prefeituras.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, “no Grande ABC mais de 75% ainda precisam comparecer para atingir a cobertura, correspondente a mais de 100,2 mil crianças. Até a data, foram vacinadas apenas 31,4 mil (23,8%) crianças contra a pólio”. Ainda segundo a pasta, no Estado “é preciso vacinar mais de 1,6 milhão de crianças com menos de 5 anos para atingir 95% da cobertura do público almejado, equivalente a 2,1 milhões de crianças. Balanço até 19 de outubro, mostra que cerca de 463,6 mil crianças foram imunizadas, apenas 20,9% da população nessa faixa etária”.
Além da proteção contra a poliomielite, que é feita por meio de uma gotinha, o Estado aproveita para realizar até o dia 30, em todas as UBSs, a multivacinação, ampliando a ação para crianças e adolescente até 15 anos atualizarem a caderneta com imunizantes que estejam atrasados.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a “adesão à campanha de multivacinação também precisa melhorar”. Desde 2 de outubro, quando teve início, cinco a cada dez crianças e adolescentes na faixa de 1 a 14 anos levadas aos postos apresentaram caderneta desatualizada.
No Estado, entre os bebês com menos de 1 ano, 147,5 mil já compareceram à rede de saúde, sendo que 65,8% precisaram atualizar a carteirinha (97 mil). Na faixa de 5 a 14 anos, 291,5 mil estiveram nesses serviços, com vacina aplicada em 130,1 mil delas (44,6 % do total).
No Grande ABC, ainda segundo a pasta, entre menores de 1 ano, 12 mil já compareceram à rede de saúde, sendo aproximadamente 7.800 vacinados (68,4%). Na faixa etária de 5 a 14 anos, apenas 25 mil estiveram nesses serviços, com vacina aplicada em 10,3 mil delas (41,4 % do total).
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