Excesso de trabalho é o motivo mais comum para o atraso nas compras. Gilberto Gaspar, 35 anos, trabalhou até às 20h30 de sábado. "Só sobrou o dia 24 para vencer a lista de presentes. Minha mulher está grávida, entao sobrou pra mim a responsabilidade", diz. Gilberto trocou a pesquisa de preços pela rapidez nas compras."Quanto antes acabar, melhor. Escolho o que vou dar e compro no primeiro lugar onde encontro. Só falta o presente do meu cunhado. Claro, é sempre o cunhadao quem dá mais trabalho", fala rindo e sai apressado pelo corredor do shopping Metrópole.
Nos supermercados da regiao o movimento nao foi diferente. "Frutas a gente tem que comprar na última hora mesmo, senao, com esse calorao, elas estragam", diz a dona de casa Encarnaçao Navarro, no Extra de Sao Caetano. A última hora é também incentivadora da criatividade. Encarnaçao conta que comprou um último presente no supermercado. "Uma menina me pediu a boneca da Angélica. Como nao achei, comprei uma parecida e uma canetinha preta. É que a Angélica tem uma pinta na perna, entao eu dou a caneta e ela faz a pinta na boneca que comprei".
Márcia Perecin, no Carrefour da Vergueiro, em Sao Bernardo, é outra que ataca os presentes munida de criatividade. "Eu só faço compras de natal na última hora. Fico na dúvida sobre o que vou dar até o último segundo. Aí venho ao supermercado e compro tudo de uma vez. Foram 28 presentes. Aqui é bom porque tem de lembrancinhas, até presentes caros". disse e saiu empurrando o carrinho cheio de caixas de feramenta, jogos, produtos de papelaria e papel de embrulho.
A exceçao ficou para os centros comerciais de Mauá e Sao Caetano, onde o movimento foi fraco. Muitas lojas nem abriram. No centro comercial de Mauá, a caridade é que ficou para última hora. Carregado de sacolas, o estudante Rodolfo Santos Silva, 9 anos, disse que tinha ido buscar alguns presentes. "Sao todos para mim. Acabei de ganhar de uma loja que estava doando as coisas. Minha tia vai embrulhar para eu abrir logo mais à noite", contou.
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