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Desafios em empreender com tecnologia
Do Diário do Grande ABC
27/07/2020 | 12:22
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Artigo

O empreendedorismo ganhou o protagonismo na economia mundial há alguns anos e isso não é novidade para ninguém. Segundo o GEM (Global Entrepreneurship Monitor), programa de pesquisa e monitoramento global de empreendedorismo, em 2019, o Brasil atingiu o número de 52 milhões de brasileiros com negócio próprio. Destes, 74% são jovens entre 18 e 35 anos. Esses dados mostram cenário muito favorável para nosso País, pois estamos acima da média global. Ao longo da minha trajetória empreendedora, enxergo que neste momento há enorme interesse por novos empreendimentos, principalmente no que tange a negócios ligados à tecnologia. Segundo a Deloitte, empresa de auditoria e consultoria empresarial, seis em cada dez executivos têm reservado recursos para investir em TI, com o foco em ampliar a produtividade. E mesmo em tempos de instabilidade econômica, corporações continuam investindo, em média, 7,6% das receitas em tecnologias e inovação.
O que tem puxado esse movimento é a evolução na indústria 4.0, que gera novas oportunidades para quem pretende se arriscar nesse universo, além de proporcionar diversas melhorias ao País, como geração de empregos, renda e produção de serviços. Com o novo normal apresentado neste momento de pandemia, ficou clara a demanda por controle, monitoramento e gestão a distância do que está à nossa volta. Alguns empreendedores e startups que vinham nesta linha estão recebendo aportes e atenção. Porém, começar negócio do zero é desafiador, a todo tempo você é testado, sacrifica tempo, dinheiro e mão de obra, e se tudo isso ainda não bastasse, se depara com elevadas taxas de impostos, burocracia na formalização e, muitas vezes, a falta de estímulo e de credibilidade. Dificuldades não acabam por aí, ainda é preciso estruturar a empresa, capacitar e gerir profissionais, cuidar das finanças, formar líderes, criar área de marketing, vendas, entre outras atribuições que não acontecem de um dia para o outro, e durante esse processo é possível que tenha ‘perdido’ um ano ou mais para de fato começar a operação.
Apesar das dificuldades, tenho acompanhado a criação de incrível ecossistema de apoio aos novos negócios. Capital anjo, consultorias especializadas, novas incubadoras, coworking (trabalho cooperativo) e geradores de negócios têm ajudado nesse começo com boas ideias e bons propósitos. Vale destacar que, mesmo com todos os desafios, a jornada empreendedora é gratificante e fazer uso das inovações tecnológicas que temos à disposição nos permite mundo cheio de possibilidades. Por isso, caro colega, cabe a você enxergar além do óbvio, gerar entregas de valor ao seu setor e contribuir com papel atuante em nossa sociedade.

Frederico Menegatti é CEO e fundador da provedora de tecnologia Getrak.

Palavra do Leitor

Soma zero
A reportagem escrita por Daniel Tossato, sobre a análise da conduta do vereador Tião Mateus pelo conselho de ética do PT de São Bernardo, por ele ter aparecido em vídeo ao lado do prefeito Orlando Morando, o elogiando, nos mostra a errônea e insensata forma como os políticos brasileiros enxergam a política (Política, dia 24). Como jogo de soma zero, onde para um ganhar o outro necessariamente tem que perder. Isso não deveria ser assim. É por isso que a cada ciclo eleitoral se abandonam todas as obras da gestão anterior, desperdiçando, assim, valiosos recursos públicos, simplesmente para não dar crédito a seus adversários políticos. É por isso que muitas medidas que seriam benéficas à população são barradas nas casas parlamentares. E por aí vai. Todos sabem que a divergência é intrínseca à política. Mas deve existir concordância fundamental. Trabalhar a favor da população e em benefício de uma comunidade cada vez melhor. Sem isso, só caminharemos para trás.
Fernando de Barros Ribeiro
São Bernardo

Vacina
A vacina que chegou ao Brasil na semana passada veio da China (Setecidades, dia 21). Os testes serão feitos em 9.000 voluntários. Todos brasileiros. Todos da área da saúde, como médicos, paramédicos, enfermeiros e técnicos. O período para os resultados é de 90 dias. O mundo inteiro espera por vacina que acabe com o coronavírus, inclusive a China. Então, pergunto: por que os testes não foram feitos na China, com chineses? Por que os brasileiros foram escolhidos para cobaia? Qual o medo dos chineses em testar a vacina? O que devemos esperar se os resultados forem positivos e a vacina funcionar? E se não funcionar?
Tânia Teixeira
São Bernardo

Manchas
Aos meus amigos, informo que estou bem e já estou em casa. Obrigado pela preocupação. Para quem não sabe do que se trata, há uns dias apareceram manchas verdes por todo meu corpo. Assustaram-me, mas não coçavam nem ardiam. Mas, por prevenção, fui ao médico, que também não soube diagnosticar. Mas raspou, colheu amostras e mandou para laboratório para análise. E, enfim, ao ver os resultados, ficou constatado que era mofo, de tanto ficar em casa. Prefiro assim, a ter de passar por contaminação por essa doença maligna chamada Covid-19. Continuarei em casa, mofando, mas saudável. Faça o mesmo.
Silvia Maria Silvério
Mauá

Antipetismo
Nós, os brasileiros, esperançosos e ávidos por dias melhores após anos de mau governo do PT, caímos em tremenda enrascada: o golpe antipetismo. Digo isso porque, ao tentarmos nos livrar desse partido corrupto, confiamos nosso voto em outras pessoas, outras siglas, outras promessas, outras ideias, enfim, tentamos acabar com o PT. Lamento, mas não conseguimos. Ele continua aí, firme e forte, já propondo inclusive alianças para as próximas eleições (Política, 19). Mas conseguimos – isso sim! – exterminar a democracia, flertamos o tempo todo com autoritarismo; o bom-senso, querem nos vender remédios sem eficácia comprovada; a ética, atropelamos tudo sem medir consequências; a educação, cada vez pior; o meio ambiente, é só olhar para nossas florestas; projetos sociais, cada dia mais difícil ao trabalhador; a soberania, somos alvo de gozação lá fora; a ciência; a cultura etc. Não temos sequer cuidados com nossos doentes, pois o Brasil ultrapassou a marca de 2,2 milhões de casos confirmados de coronavírus e quase 85 mil mortes por causa da doença. Não podemos mais tolerar essa situação. Sou obrigada a admitir que nos governos do PT pelo menos o Brasil não estava nessa letargia, nesse caos, não éramos motivos de chacota e o povo não passava fome.
Carla Simone Doti
São Bernardo

Não é fácil
Toyotismo’, ‘fordismo’, ’taylorismo’ e ’uberismo’ são movimentos que vêm se constituindo ao longo da era pós-industrial do século XXI, mas que, no contexto de pandemia, deu salto. Nessa gamificação, o trabalhador é posto como dentro de jogo em que precisa cumprir etapas para receber prêmios. Mesmo construídas como metas quase inatingíveis, o trabalhador segue conectado e ligado no seu game/labor. Por fim, é preciso prestar atenção de como essa lógica se alastra por outras áreas e o papel de organizações como sindicatos na resistência para assegurar direitos ao trabalhador, enfrentarão novos desafios – mas isso é constante em sua história, porque o capitalismo está sempre se renovando e intensificando a exploração. Sabemos que isso não é fácil.
José Lourenço Pechtoll
Santo André

Inverídico
Com relação à matéria ‘CNS alerta para represamento de recursos’ (Setecidades, dia 24), a resposta que consta da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde está incorreta. Primeiro, porque os dados do CNS (Conselho Nacional de Saúde) evidenciam que os gastos não podem ser considerados graduais, pois os recursos federais ficaram represados desde abril e somente começaram a ser usados com mais intensidade a partir do início de julho; mesmo assim, 55% desse recurso ainda não foram efetivamente gastos pelo governo federal para as ações de combate à Covid-19. Em segundo lugar, porque os recursos não são transferidos ‘na medida em que os Estados e municípios comprovam a aplicação’ – a transferência do fundo é regular e automática, independe da comprovação da aplicação para receber recursos. O SUS não é convênio e a gestão (com financiamento) é tripartite, com respeito à autonomia constitucional de cada ente da federação.
Francisco Funcia, consultor técnico do CNS e professor da USCS
 




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