"Utilizo pedras como modelos: as observo e faço estudos. Depois, as arranjo como naturezas-mortas e as desenho. Desenvolvo as linhas, escorridas, num diálogo com o fundo branco", diz Elizabeth Jobim. "Essas obras se caracterizam pela luminosidade da cor: utilizo, por exemplo, o vermelho, o azul, separados em cada composiçao", conta.
Segundo o crítico de arte Rodrigo Naves, em texto no catálogo da mostra, os trabalhos da artista "se constroem com linhas. Nao resta dúvida. Mas essas mesmas linhas têm uma largura pouco comum no desenho. E, paradoxalmente, a sua maior definiçao nao conduz a uma solidificaçao das coisas que delineiam. Ao contrário, essas faixas de cor se mostram excessivas para circunscrever um sólido. E por serem excessivas, em vez de o regularizarem, desconjuntam-no".
"Há também um diálogo entre o suporte e a tinta, que é à base d`água e penetra no papel", fala Elizabeth, que trabalha com papel desde o início da década de 80. Essa é a terceira individual da artista na capital - a primeira aconteceu no Centro Cultural Sao Paulo, em 1989, e a segunda, no próprio Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em 1997, quando mostrou obras em óleo sobre tela e óleo sobre madeira.
A artista plástica já participou de diversas exposiçoes individuais e coletivas. Entre elas, mostras no Paço Imperial e no Centro Cultural Cândido Mendes, ambos no Rio, e na Neuhoff Gallery, em Nova York.
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