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Mercado da soja vive expectativa com expansão de praga
Da AFP
13/11/2004 | 16:41
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O mercado mundial da soja vive um clima de incerteza a médio prazo pelo fato de os dois principais produtores mundiais deste grão, Estados Unidos (1º) e Brasil (2º), terem registrado casos da praga 'ferrugem asiática'.

Especialistas do setor consideram que o impacto da praga sobre o mercado mundial deve ser limitado a curto prazo, mas a produção de soja do Brasil, 51,5 milhões de toneladas em 2003, pode mais uma vez ser afetada.

No entanto, o país está até acostumado à ferrugem asiática, que ataca os cultivos de soja e prospera em regiões quentes e úmidas. "No ano passado, por exemplo, três dos principais Estados brasileiros produtores de soja foram afetados pela ferrugem e quase 12% da produção brasileira foi perdida", recorda Joe Victor, da empresa Allendale.

Mas é preciso esperar a semeadura das novas plantas de soja nos Estados Unidos, primeiro produtor mundial com 65 milhões de toneladas em 2003, para avaliar o impacto da praga.

Para a atual colheita, "enquanto a maior parte da soja já está madura em muitas regiões americanas, a ferrugem não vai reduzir os benefícios", opinou Neal Bredehoeft, presidente da Associação Americana da Soja.

"Devemos, portanto, esperar o próximo ano, até maio ou junho, e a próxima colheita, para saber o que teremos", explicou Victor Lespinasse, analista da empresa AG Edwards.

Prevenidos na quarta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sobre a presença do fungo no país, os produtores americanos devem tomar as medidas preventivas necessárias e tratar seus campos com fungicidas.

As cifras apresentadas na quarta-feira pelos serviços de investigação americanos demonstraram que as perdas potenciais poderiam representar menos de 1% dos rendimentos da industria local de soja.

No entanto, as somas em jogo são muito importantes: só no primeiro ano, as perdas poderiam alcançar de US$ 640 milhões a US$ 1,3 bilhão e, a médio prazo, até US$ 2 bilhões.




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