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Polícia ouve funcionários de líder comunitário executado
Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
30/04/2004 | 20:49
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Policiais de Santo André começaram nesta sexta a investigar o assassinato de Nelci Rodrigues Lobo, líder comunitário e pré-candidato a vereador executado nesta quinta com cinco tiros, às 10h, no bairro Cata Preta. Os três funcionários da oficina onde o crime aconteceu foram interrogados. Em depoimento, todos voltaram a afirmar que não ouviram os disparos. Eles alegaram que estavam em uma área nos fundos da oficina, separada do galpão onde Lobo foi morto por uma parede.

Os empregados não deram nenhuma informação significativa. “Estamos na estaca zero. Até agora, pouca coisa conseguimos”, disse um dos policiais envolvidos na investigação.

Para proteger as testemunhas, a polícia oferece sigilo nos depoimentos, além de preservação de identidade. Um recursos legal chamado Provimento 31 permite manter anônimos o nome e os dados fornecidos à investigação.

A polícia irá investigar as relações entre o líder comunitário e grupos de tráfico de drogas na região. Segundo informações, o bairro da Cata Preta é controlado por traficantes do complexo de favelas Toledana, próximo do local.

Armas – Logo após a morte de Lobo, os policiais que atenderam à ocorrência encontraram no quarto da vítima uma garrucha (tipo de arma) de marca Boito, um cartucheira e uma sacola cheia de balas para diferentes armas: revólver 38, pistolas 765 e escopeta calibre 12. A família não explicou à polícia qual o motivo de tanta munição dentro da casa de Lobo.

A polícia vai levantar possíveis desavenças da vítima com outras lideranças políticas do bairro. Não se descarta a hipótese de crime político, mas a principal linha de investigação, por enquanto, é a do acerto de contas. Os policiais não descartam, entretanto, nenhuma informação. Até o momento, entretanto, só há suposições.




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