Cultura & Lazer Titulo
King Kong e Pikachu disputam venda de máscaras no RJ
Do Diário do Grande ABC
23/02/2000 | 14:15
Compartilhar notícia


O tradicional ``King Kong' e o novato ``Pikachu', o mascote principal do desenho animado Pokémon, disputam o primeiro lugar na venda de máscaras para o Carnaval do Rio.

``Estranhamente, é ``King Kong' o que se vende melhor: e nao só a máscara, como também os grandes pés e maos de borracha, com o traje completo feito à base de la', disse Armando Valles, 75 anos, proprietário da principal fábrica de máscaras do Brasil.

``Nao há nenhuma razao especial e é inexplicável, com o calor que faz nesta época, que as pessoas queiram se vestir de gorila', diz ele.

``Recebi 3 mil pedidos de trajes de 'King Kong' e nao poderei entregar tudo', disse este artista plástico espanhol, que chegou ao Rio em 1956 para desenhar bonecas numa fábrica de brinquedos.

``Quanto ao personagem 'PiKachu' do Pokémon, compreendo, porque está na moda', disse Valles, que fez um total de 200 mil máscaras para o carnaval 2000.

``Há dez anos, fazia até 400 mil. Mas as manifestaçoes dos grupos de rua e populares têm perdido cada vez mais espaço para os grandes desfiles das escolas de samba.

Além disso, a competiçao aumentou com duas ou três fábricas de jogos, que agora fazem máscaras na época do carnaval'.

Dos muros internos desta pequena fábrica semi-artesanal de Niterói, saem as mais diferentes máscaras: bruxas, diabos, monstros e personagens políticos brasileiros e internacionais.

O poderoso presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhaes, é a novidade nacional deste ano.``O vemos sem parar nos jornais', explica Valles, que emprega 12 pessoas, a maioria delas há mais de 20 anos.

Entre os estrangeiros, o presidente norte-americano, Bill Clinton, é a última novidade, apesar de os clientes preferirem o presidente iraquiano, Saddam Hussein, segundo o escultor diplomado pela Escolas de Belas Artes de Barcelona e Paris.

No entanto, as máscaras de ``Clóvis' (ou ``bate-bolas') continuam como as mais populares e típicas na folia carioca.

``Quando cheguei ao Rio, nos anos 60, encontrei um grande carnaval popular, mas sem máscaras. Entao, decidi fazê-las e desde entao as fabrico em borracha, em plástico ou em tecido'.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;