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Para (re)descobrir Ringo Starr
Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
22/01/2009 | 07:00
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Há quem pense que o baterista Ringo Starr contou apenas com a sorte e a simpatia para integrar um dos grupos mais influentes da história, os Beatles. Para os que compartilham essa opinião, é recomendável a audição dos três CDs da caixa "The Anthology... So Far" (ST2, R$ 48 em média), que foi lançada em 2001 e retornou recentemente às prateleiras.

Evidente que o músico nunca teve o brilhantismo autoral de John Lennon e Paul McCartney. Embora saiba dosar eficiência e bom gosto, nunca chegou perto da habilidade técnica de George Harrison. Entretanto, seria injusto reduzi-lo ao papel de artista carismático e medíocre.

Os discos trazem gravações ao vivo do projeto Ringo Starr and his All Starr Band - que conta com medalhões do rock internacional - realizadas entre 1989-2000. São 47 faixas ao todo, que expõem as várias facetas do ídolo.

Entre as pepitas do repertório do grupo britânico interpretadas por Ringo, destacam-se suas boas performances em "Honey Don't", rock com acento country gravado originalmente no disco Beatles for Sale, e na lúdica "Yellow Submarine". Esta última música foi composta por McCartney para o disco Revolver, de 1966. Segundo o autor, a inspiração ocorreu minutos antes de dormir, quando ‘ideias bobas passavam por sua cabeça'.

Apesar das limitações como cantor, Ringo demonstra competência. Sua interpretação na dançante "I Wanna be Your Man" é exemplar.

Além disso, cercou-se novamente de amigos talentosos. O cantor e compositor Peter Frampton, símbolo do pop dos anos 1970, faz uma versão inspirada de "Norwegian Wood", outro clássico dos fab four. Também relembrou a grudenta "Show me The Way".

Parceiro de longa data, desde os tempos em que participou das gravações de "Let it Be", o tecladista Billy Preston (morto em 2006, em decorrência de problemas renais) revisitou "Will it Go Round in Circles".

Merece menção honrosa ainda, no numeroso time de estrelas, o ex-baixista do Cream, instituição do rock inglês dos anos 1960, Jack Bruce (presente em "I Feel Free" e "Sunshine of Your Love").




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