Um atraso de cinco minutos impediu que o fiscal de loja Kleber Pereira de Souza, 27 anos, e as donas de casa Maria Cecília do Nascimento Alves, 32, Euza Haruko Matsumura, 50, e Jeane Trindade da Silva, 44, fizessem as provas do concurso público da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), domingo pela manhã.

O grupo afirma que o atraso aconteceu porque o ônibus – linha B47 – precisou desviar o percurso por conta das interdições para a 7ª Meia Maratona do Shopping ABC e não pôde entrar na Fundação Santo André, local onde as avaliações foram realizadas.

“Deveria haver uma certa tolerância, o ônibus atrasou porque estava tudo interditado. Nós não fomos culpados. Eles poderiam ter olhado nossas dificuldades”, reclama Kleber Pereira de Souza, que mora no Parque Miami e disputava uma vaga para ajudante-geral.

A dona de casa Jeane Trindade da Silva contou que o circular parou no viaduto Engenheiro Luís Meira e os candidatos desceram correndo até a Fundação. “As provas aconteceram no último prédio, o da Faculdade de Engenharia, e não havia nenhuma sinalização. Corremos à toa”, detalharam Jeane e Maria Cecília, que se recupera de uma cirurgia. Elas estavam inscritas para as vagas de merendeira.

As inscrições custaram R$ 15. Os concorrentes, no entanto, não lamentam o dinheiro perdido, mas sim a falta de organização. “ Tem gente que deixou de gastar esses R$ 15 com outra coisa para poder fazer a prova e não conseguiu”, acrescentou Maria Cecília.