A unificação do prédio do extinto Cefam (Centro de Formação de Magistério) Tereza Delta com a EE Maurício Antunes Ferraz, no bairro Nova Petrópolis, em São Bernardo, preocupa os pais de 220 alunos de 5ª e 6ª séries matriculados na primeira unidade. Embora a integração das duas escolas esteja prevista para 2006, eles temem que isso prejudique a qualidade do ensino e ponha em risco a segurança das crianças. Com 1,8 mil alunos, a EE Maurício Antunes Ferraz é alvo freqüente de vandalismo. Na fachada da escola há pichação, janelas quebradas e a má conservação.

Desde que a diretoria do Cefam foi destituída, no mês passado, a responsabilidade da escola passou a ser da direção da escola vizinha. Mas para os pais das crianças, uma única diretora para ambos os prédios não é suficiente para tomar conta das duas escolas.

“Matriculei meu filho no Cefam e gastei R$ 95 com uniforme. Se soubesse que iriam juntar as escolas, deixaria ele estudar perto de casa”, disse a dona-de-casa Elza Maria Silvestre, que mora no Jardim Leblon. “Ontem (quarta-feira) os alunos foram dispensados e não havia ninguém para controlar a saída. Ou seja, a direção da outra escola não toma conta deles”, afirmou a dona-de-casa Nair Bertassi. Elas protestavam quinta-feira à tarde em frente à escola junto com outros 15 pais.

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Educação confirmou que a unificação das escolas será feita para distribuir o contingente de alunos da EE Maurício Antunes Ferraz, onde de fato ficará concentrada a direção das duas unidades. Um vice-diretor teria sido incumbido de ficar permanentemente no extinto Cefam. Porém, quinta-feira, quando o Diário esteve no local, foram encontrados somente professores e inspetores.