Durante as quase duas horas em que Ivete desfilou com sua banda, cerca de 20 hits da música baiana – a maioria composições de outros conjuntos – compuseram a trilha sonora do carnaval fora de época. Já perto do fim de sua apresentação, às 23h, a cantora se entregou ao funk carioca e arriscou um pot-pourri com as músicas da moda. “No ano que vem eu volto. Santo André é uma das melhores cidades brasileiras para se trazer a micareta”, disse.

Os fãs mais entusiasmados com a apresentação fizeram de tudo para conseguir se aproximar de Ivete e responderam com gritos entusiasmados qualquer manifestação feita pela estrela. Alguns subiram em outdoors, muros e se debruçaram nas sacadas dos prédios vizinhos à via para chamar a atenção. A estudante Karina Salvadori Vasconcelos, 19 anos, depois de muita insistência, conseguiu subir no trio elétrico e dançar perto da cantora. “Fiz plantão em frente à porta do carro até que a organização me autorizasse a entrar. Me diverti muito”, disse.

O empresário e irmão de Ivete, Jesus Sangalo, afirmou ter reduzido a potência do som em todas as apresentações da noite. “Tivemos de obedecer as regras da administração, mas o axé é um ritmo forte que precisa estar em bom som. Na Bahia, trabalhamos com o dobro da potência usada hoje. Essas medidas servem para não comprometer a micareta. Mas a festa saiu bonita”, disse.

Asa de Águia – Assim como a banda de abertura Tomate Cru, Dr. Cevada e o trio de Ivete Sangalo, o Ásia de Águia apresentou na avenida José Amazonas basicamente as canções da moda na Bahia. Não faltou o hit Bomba, dos Bragaboys, cantado exatas quatro vezes durante a noite. Trocas de gentilezas também foram feitas pelo Asa de Águia que elogiou o desempenho de Ivete no trio e ainda cantou músicas de seu antigo conjunto, a Banda Eva.