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Pinça é esquecida na barriga, diz paciente
Simão Zygband
Do Diário do Grande ABC
22/09/2007 | 07:21
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A balconista Juliana de Oliveira, 25 anos, acusa o Hospital Mário Covas, em Santo André, de erro médico. Segundo ela, os médicos esqueceram um objeto em forma de pinça na sua barriga no momento do parto de sua filha Júlia, hoje com 1 ano.

Ela diz que na ocasião passou muito mal, chegou com taquicardia ao setor de emergência do hospital e teve de ser operada novamente. Hoje, apresenta uma enorme cicatriz na barriga.

Juliana relembra que antes de ser operada, viu as radiografias com o objeto parecendo uma pinça em sua barriga no centro cirúrgico.

Por todo o sofrimento que teve, foi aconselhada por uma amiga que trabalha no Fórum de Santo André a recorrer à Justiça. O processo tramita no Ministério Público da cidade e está em fase de inquérito policial. A ação é movida pelo promotor Roberto Wider Filho.

A reportagem tentou localizar sexta-feira o raio X que deveria estar anexado aos autos, mas não o encontrou.

O pesadelo de Juliana começou ao deixar a maternidade. “Senti muitas dores por 15 dias. Pensei que era assim mesmo. Mas chegou a um ponto que não agüentei mais e pedi para ir ao hospital.”

Juliana deu entrada na emergência no dia 20 de setembro de 2006. No relatório médico consta que “chegou com dor abdominal, vômito, diarréia, febril e taquicardia”.

Submetida a raio X, disse ter percebido que o radiologista ficou surpreso com o resultado e o repetiu por três vezes.

“Ele o entregou para a médica, que me encaminhou com urgência para a sala de cirurgia”, disse.

“Quando entrei no centro cirúrgico, vi o meu raio X fixado no quadro de luz e estava claro que nele tinha um objeto em forma de pinça. Fiquei na UTI, toda entubada e só saí do hospital cinco dias depois”, afirma.

Passados 10 dias, foi convocada para reunião na diretoria do hospital. “Na reunião, o diretor do hospital (Geraldo Reple Sobrinho) me disse, sem rodeios, que durante o parto a médica havia tentado salvar a mim e ao bebê e que, por isso, havia ficado nervosa.”

Outro lado - O Diário procurou a Secretaria Estadual da Saúde, que responde pelo Hospital Mário Covas, que preferiu não se pronunciar alegando “já correr processo judicial”.




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