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Santo André terá hospitais de campanha

Bruno Daniel e Complexo Dell’Antonia vão receber 300 leitos; investimento é de R$ 10 milhões

Marcela Ibelli
Vinicius Castelli
21/03/2020 | 22:40
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André Henriques/DGABC


 Santo André ganhará dois hospitais de campanha para auxiliar no combate ao novo coronavírus. O anúncio foi feito na noite de ontem, por meio das redes sociais, pelo prefeito Paulo Serra (PSDB). A medida oferecerá ao município mais 300 leitos de alta, média e baixa complexidades, para atender possíveis necessidades em caso de avanço da pandemia.

Segundo o chefe do Executivo, os locais escolhidos são o Estádio Bruno Daniel e o Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia. O investimento será de cerca de R$ 10 milhões, verba municipal oriunda de remanejamento dentro da pasta da Saúde. “Vamos investir em aparelhagens. São equipamentos (públicos) que não foram feitos para isso. Teremos estrutura no campo (do estádio) e na área já construída. No Dell’Antonia vamos usar os três ginásios”, disse. “É medida emergencial”, frisou.

As intervenções nos dois locais, de acordo com Paulo Serra, iniciam a partir de amanhã. “O trabalho será gradual. Começamos agora e, dentro de 15 dias, teremos os primeiros leitos. Até o fim de abril serão 300 novos. Não tem fórmula pronta (para lidar com a pandemia). Estamos aprendendo com os países que têm lidado bem com isso”, afirmou.

O prefeito aproveitou para pedir, de novo, para que as pessoas fiquem em suas casas. “Ainda tem muita gente em bares e idosos nas ruas. Estou todo dia falando com a população. Parece que as pessoas ainda não se conscientizaram da forma que tem de ser.”

São Paulo também terá hospitais de campanha, no Estádio do Pacaembu e no Anhembi. A medida foi anunciada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) na sexta-feira. De acordo com ele, serão leitos de baixa complexidade, e os locais serão refrigerados. O Pacaembu será coberto e terá 200 leitos. No Anhembi, serão 1.800.

EM SÃO BERNARDO
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), também se pronunciou no Facebook, ao lado de infectologista, sobre as mudanças na cidade a partir de amanhã. “Nosso papel não é causar pânico, mas informar. É o momento de ficar em casa, é necessário o isolamento social”, ressaltou. Entre as medidas anunciadas, além do fechamento do comércio, inclusive da Rua Marechal Deodoro – que seguiu decreto do governador de São Paulo, João Doria –, Morando decretou que a partir de amanhã está cancelada a gratuidade no transporte público para quem tem acima de 60 anos e vale-transporte para os estudantes. “É ação para que todo mundo permaneça em seus lares.”

Estão na lista mudanças no funcionamento dos postos de gasolina – abrem de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e fecham aos sábados, domingos e feriados –, das feiras livres, que só poderão ser montadas até sexta-feira, nas visitas a pacientes em hospitais públicos, que serão canceladas. Orlando Morando também fez questão de destacar que a realização de missas e cultos está proibida em todo o Estado de São Paulo. “Se estamos tomando medidas para não ir ao comércio, é hora de rezar em casa. Deixe o fanatismo de lado”, recomendou.




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