Rocha passava pelo local e contou que “não sabia o que estava acontecendo”, mas tentou ajudar o rapaz caído no chão com um ferimento no rosto. Por causa disso, ele disse ter sido xingado por policiais e também agredido pelo advogado João Leopoldo Maciel, que estava próximo ao local. “Eles (policiais) me xingaram e demoraram de dez a 15 minutos para prestar socorro. Para colocá-lo na viatura, puxaram pela perna e seu rosto foi arrastado pelo chão”, disse o comerciante.
Simão e outro assaltante, identificado apenas pelo nome de Marcos, abordaram o empresário quando este deixava o prédio em que reside. Um homem que passava pelo local em um Escort vermelho, cujas placas não foram identificadas, viu o assalto e atirou contra os ladrões. Armado, Marcos revidou.
Durante a troca de tiros, o empresário foi atingido no braço e no abdome, mas não corre risco de morte. Simão recebeu um tiro perto do supercílio, que transfixou pelo maxilar. Marcos e o homem do Escort fugiram do local. Durante a fuga, o assaltante jogou em uma lata de lixo o revólver calibre 38.
Rocha passava pelo local e foi ajudar Simão. Ele tentou colocá-lo no carro para levá-lo ao hospital. Segundo seu depoimento, neste momento surgiu o advogado, acompanhado de um rapaz. Eles começaram a agredir o comerciante dizendo: ‘Você quer salvar bandido, ele tem de morrer’”.
Pouco tempo depois, a viatura prefixo 06173 da Polícia Militar chegou ao local. Rocha contou ao sargento Rogério dos Santos Carlos, oficial responsável, o que havia ocorrido. “Os policiais me disseram: ‘você está querendo salvar bandido? Deixa ele morrer’”, disse Rocha. “Acho que essa morte poderia ser evitada.”
O capitão Silvio Lúcio Reis Nogueira, comandante da 1ªCompanhia de São Bernardo, afirmou que pretende ouvir nesta quinta a versão do sargento Carlos sobre o caso. Ele informou que o policial estava de folga nesta quarta. “Primeiro, temos de saber o que aconteceu. Se for atestada alguma irregularidade, as providências serão tomadas”, disse.
O advogado nega que tenha impedido o comerciante de prestar socorro, e alegou que foi ele quem acionou o resgate. Maciel confirmou que brigou com Rocha, mas declarou que não fazia “questão que o assaltante sobrevivesse”.
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