O sábado na Rua Américo Guazzeli foi de muito trabalho para os moradores que tiveram as casas danificadas pela onda de choque da explosão da loja de fogos de artifício. Ocupados em fazer pequenas reformas para voltar a viver por lá o mais rápido possível, os moradores já esboçavam algum bom humor. E, até, certo alívio.

Reformando as janelas de uma casa que aluga, para que seu inquilino possa voltar a morar no local, o gerente em assistência técnica José Stender, 62 anos, contou que os moradores da casa, que fica quase em frente ao local do acidente, não querem voltar enquanto o local não estiver arrumado. "Não vou deixá-los na rua. Tem que ajudar numa hora dessas", disse.

Na casa de Mônica Galeazzi, 24, as janelas quebradas eram tapadas com tapumes na tarde de sábado. "Temos muita coisa para fazer. Já compramos porta", contou a mãe dela, Naura Lima, 54.

A família da vendedora Maria Felici, 48, criou uma força-tarefa para limpar e consertar o que fosse possível no sábado. "Estamos tentando fazer com que pareça uma casa outra vez. Isso aqui era só entulho e vidro. Danificou o forro inteiro."

De maneira geral, quem teve perdas materiais pretende mover ações indenizatórias na Justiça, mas não tem certeza de quem responsabilizar. "Vou processar todo mundo que eu puder", disse a corretora de seguros Ivanilde Scaramel, 54.