Na maioria dos casos, que envolvem imóveis da parte baixa, os objetos furtados são feitos em bronze, cobre e chumbo. As peças variam de torneiras, canos e interruptores até grades, portas e calhas. Os imóveis fechados, à espera de moradores ou investidores, e de conseqüente restauro, são os mais visados pelos assaltantes.
Na noite de terça-feira, a equipe do Diário esteve na Vila e conferiu a falta de iluminação nos postes. Na maioria das ruas, apenas as varandas das casas estavam iluminadas. Os delitos descaracterizam os imóveis, que são tombados por órgãos municipal, estadual e nacional.
Os moradores contabilizam furtos no Castelinho, no Centro de Visitantes e até na Escola Estadual Lacerda Franco, além de outras casas fechadas. O subprefeito afirmou nesta quarta-feira que o problema dos roubos vem desde o ano passado e que existem “vários” boletins de ocorrência a respeito, sem informar quantos exatamente. Caetano disse desconhecer furtos ao Centro de Visitantes e à escola, mas confirmou os demais.
Para o vice-presidente do Conselho Gestor da Subprefeitura, Elias Pereira da Silva, 33 anos, cerca de 90% da parte baixa da Vila está sem iluminação pública à noite. “Assim fica fácil para esses assaltantes levarem o que querem das casas. Além disso, quem estuda fora e chega tarde da noite corre risco também, porque a vila fica praticamente vazia e às escuras. Quando entram nas casas, as pessoas têm a noite toda para garimpar os objetos a serem furtados”.
Em algumas casas, no lugar onde ficavam as torneiras, descargas e canos, restam apenas os buracos nas paredes e no chão. Grades dos porões das casas e até antigos fogões à lenha também foram arrancados.
Para o subprefeito, a falta de iluminação e a série de furtos são dois problemas diferentes. Caetano promete resolver o primeiro até o final do ano, com a troca de todas as lâmpadas, o que custará cerca de R$ 15 mil. “Vamos contratar uma empresa para substituir as lâmpadas, que foram queimando aos poucos, e fazer a manutenção. Tínhamos um problema no fornecimento de energia, que era feito pela MRS Logística. Há três meses conseguimos separar a energia da Vila e da MRS, o que abriu esse caminho para que possamos substituir as lâmpadas queimadas.”
Sobre os furtos, Caetano disse que já havia relatado às ocorrência à polícia e que hoje ressaltará o problema seccional. Ele acredita que as peças roubadas tenham sido vendidas a ferro-velhos. Segundo o subprefeito, o fato de alguns moradores registrarem os furtos na delegacia de Rio Grande da Serra tem dificuldade as investigações.
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