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Ladrões fazem vandalismo na Vila de Paranapiacaba
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
01/10/2003 | 20:50
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A Vila de Paranapiacaba, em Santo André, tem sofrido uma série de pequenos furtos e atos de vandalismo nos últimos meses, numa ação criminosa contra o patrimônio histórico que não poupou nem o Castelinho. A construção, onde hoje funciona o Museu de Paranapiacaba, teve um extintor de bronze e um antigo telefone furtados. Para os moradores, a falta de iluminação nas ruas facilita a onda furtos. O subprefeito João Ricardo Guimarães Caetano, responsável pela Vila, afirmou que vai se reunir com o delegado seccional de Santo André, George Henry Millard, ainda hoje, para buscar uma solução.

Na maioria dos casos, que envolvem imóveis da parte baixa, os objetos furtados são feitos em bronze, cobre e chumbo. As peças variam de torneiras, canos e interruptores até grades, portas e calhas. Os imóveis fechados, à espera de moradores ou investidores, e de conseqüente restauro, são os mais visados pelos assaltantes.

Na noite de terça-feira, a equipe do Diário esteve na Vila e conferiu a falta de iluminação nos postes. Na maioria das ruas, apenas as varandas das casas estavam iluminadas. Os delitos descaracterizam os imóveis, que são tombados por órgãos municipal, estadual e nacional.

Os moradores contabilizam furtos no Castelinho, no Centro de Visitantes e até na Escola Estadual Lacerda Franco, além de outras casas fechadas. O subprefeito afirmou nesta quarta-feira que o problema dos roubos vem desde o ano passado e que existem “vários” boletins de ocorrência a respeito, sem informar quantos exatamente. Caetano disse desconhecer furtos ao Centro de Visitantes e à escola, mas confirmou os demais.

Para o vice-presidente do Conselho Gestor da Subprefeitura, Elias Pereira da Silva, 33 anos, cerca de 90% da parte baixa da Vila está sem iluminação pública à noite. “Assim fica fácil para esses assaltantes levarem o que querem das casas. Além disso, quem estuda fora e chega tarde da noite corre risco também, porque a vila fica praticamente vazia e às escuras. Quando entram nas casas, as pessoas têm a noite toda para garimpar os objetos a serem furtados”.

Em algumas casas, no lugar onde ficavam as torneiras, descargas e canos, restam apenas os buracos nas paredes e no chão. Grades dos porões das casas e até antigos fogões à lenha também foram arrancados.

Para o subprefeito, a falta de iluminação e a série de furtos são dois problemas diferentes. Caetano promete resolver o primeiro até o final do ano, com a troca de todas as lâmpadas, o que custará cerca de R$ 15 mil. “Vamos contratar uma empresa para substituir as lâmpadas, que foram queimando aos poucos, e fazer a manutenção. Tínhamos um problema no fornecimento de energia, que era feito pela MRS Logística. Há três meses conseguimos separar a energia da Vila e da MRS, o que abriu esse caminho para que possamos substituir as lâmpadas queimadas.”

Sobre os furtos, Caetano disse que já havia relatado às ocorrência à polícia e que hoje ressaltará o problema seccional. Ele acredita que as peças roubadas tenham sido vendidas a ferro-velhos. Segundo o subprefeito, o fato de alguns moradores registrarem os furtos na delegacia de Rio Grande da Serra tem dificuldade as investigações.




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