"O pior momento não foi ter sido expulso contra a Inglaterra. Pior foi não poder jogar. Foi um terror, muito pior do que quando vi o cartão vermelho", disse o jovem atleta, que armou a jogada para o primeiro gol brasileiro e balançou a rede de David Seaman com uma impressionante cobrança de falta.

Segundo Ronaldinho Gaúcho, o apoio recebido do treinador Luiz Felipe Scolari foi de fundamental importância para ele se consolidar como uma opção no trabalho de ligar o meio-campo com o ataque. O atleta do Paris Saint-Germain (França) ainda agradeceu o apoio do treinador mesmo nos momentos mais difíceis. Em particular, lembrou, depois da primeira partida do Brasil na Copa, contra a Turquia. "Senti que não havia rendido tudo o que podia naquela partida. O treinador me chamou e me tranqüilizou. Então, senti que devia jogar sem preocupações e meu futebol cresceu muito", explicou.

Ex-jogador do Grêmio, time do coração de Felipão, Ronaldinho quer retribuir o apoio e o carinho do treinador com a conquista do penta. "Foi muito bom que ele (Felipão) tenha dito que já somos campeões, pelas dificuldades que já passamos. Este grupo é excelente, fizemos um trabalho muito duro e agora queremos voltar para casa e para nossas famílias como campeões do mundo", comentou.

O plano de Ronaldinho nesta Copa era "crescer um pouco em cada partida". "Contra a Inglaterra, consegui um nível de jogo e de autoconfiança importantes. Acho que as coisas foram saindo bem", comentou.

Na visão de Ronaldinho Gaúcho, o grupo se consolidou porque os mais experientes deixaram de lado o estrelato para ajudar coletivamente. "Há jogadores que já disputaram outras Copas do Mundo e eles sempre nos passam suas experiências. Quando percebem que algo não funciona, eles sempre conversam com os mais jovens e isto é fantástico, porque nos transmite muita tranquilidade", relatou.