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Eletropaulo substitui 'gatos' em favela de Diadema
Kléber Werneck
Da Sucursal do Diário em São Bernardo
07/09/2001 | 18:22
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A Eletropaulo vai iniciar na próxima segunda-feira a implementação de uma nova rede de fornecimento de energia elétrica na favela do Jardim Marilene, em Diadema, em substituição às ligações clandestinas – popularmente conhecidas como gatos.

O projeto vai beneficiar 1,5 mil famílias e faz parte de um programa que une a empresa e alunos da Universidade Mackenzie, de São Paulo, para conscientizar moradores a utilizarem a rede. A Eletropaulo deve expandir o projeto para outras favelas e firmar parcerias com algumas universidades locais.

Para regularizar o fornecimento de energia elétrica no local, a Eletropaulo vai instalar 220 postes de aço, 30 de concreto, 18 transformadores, 3 mil metros de cabos condutores e 700 metros de rede de alta tensão nas ruas do bairro. A previsão é que os trabalhos para implementação da rede demorem de 15 a 20 dias. “Vai ser praticamente um trabalho de urbanização do bairro”, afirmou o consultor de projetos da Eletropaulo, José Roberto de Figueiredo.

Após a instalação da rede, a Eletropaulo começa a cadastrar as famílias, segundo informou Figueiredo. A estimativa da empresa é de que haja entre 1,5 mil e 2 mil ligações clandestinas na favela do Jardim Marilene.

A terceira etapa será a colocação dos relógios medidores nas residências. A instalação dos aparelhos é de responsabilidade, inclusive financeira, da Eletropaulo, mas os proprietários das casas são obrigados a fazer a caixa de concreto que servirá como suporte para o medidor.

O objetivo, segundo a analista de mercado Mônica Marcondes, é preparar os moradores para usar racionalmente a energia. “Antes, eles contavam apenas com um fio que era puxado para a casa deles com uma lâmpada na ponta. Ela ficava ligada o dia todo e não havia interruptores, tomadas ou preocupação com as contas.”

Isso será feito por funcionários da empresa e pelos universitários dos cursos de Engenharia Elétrica, Biologia, Psicologia e Pedagogia do Mackenzie. A universidade participou de projetos semelhantes em favelas da capital. Na semana passada, o grupo de estudantes esteve pela primeira vez no Jardim Marilene.




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