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Stefon Harris faz shows em S.Paulo nesta semana
20/07/2003 | 17:50
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No jazz, o vibrafone é raro e restrito – poucos solistas destacaram-se tocando o instrumento, em um século do gênero. Entre eles, figuram Joe Locke, Walt Dickerson, Khan Jamal, Bobby Hutcherson e os lendários Milt Jackson (1923-1999) e Lionel Hampton (1908-2002). Nos anos 90, Stefon Harris, jovem de Nova York que emergiu dos clubes da metrópole norte-americanos, com apenas três discos como líder de banda – A Cloud of Red Dust (1997), BlackActionFigure (1999) e The Grand Unification Theory (2001) – e aos 30 anos conseguiu o feito de ser apontado “o mais criativo vibrafonista de sua geração”. Tem contrato com tradicional selo norte-americano Blue Note e já trabalha em um novo álbum, que deve lançar este ano.

Stefon Harris, que já esteve no Brasil durante o Chivas Jazz Festival de 2000 quando foi uma das inovações, volta a se apresentar em São Paulo, fechando a sexta edição do Diners Jazz do Bourbon Street (tel.: 5095-6100). Os shows de Harris, acompanhado de um quarteto, serão nesta quarta (21h30) e quinta (20h30 e 23h). “Nos Estados Unidos, as pessoas gostam de jazz, mas no Brasil as pessoas não só gostam como participam, é uma platéia ativa”, afirmou.

Ele fazia percussão antes de adotar o vibrafone. “É um belo instrumento, que permite trabalhar melodias e cadências, harmonia e ritmo”. Seguindo uma crença de que a música existe como uma manifestação pré-ordenada (que não pode ser composta, mas apenas transcrita) – como nas teorias da Física, que ele estuda, a exemplo do título de seu terceiro disco –, ele vem fazendo história no jazz.

“Eu busco minha própria originalidade, de modo a que o próximo passo seja diferente do anterior. Quem diria a Miles Davis e John Coltrane, quando eles tinham 30 anos, que era cedo demais para ir tão longe?”, disse.




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