ouça este conteúdo
|
readme
|
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, mandou soltar o banqueiro Daniel Dantas, sua irmã, Verônica Dantas, e mais nove pessoas, presos desde terça-feira na Operação Satiagraha da Polícia Federal. Segundo Mendes, não existem ameaças às provas colhidas e nem há mais motivos para a manutenção da prisão para o interrogatório.
O ministro tomou a decisão depois de analisar as informações encaminhadas pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Mendes já havia concedido parte do habeas-corpus ao pedir que a defesa tivesse acesso aos autos do processo.
Já o Ministério Público Federal manifestou-se, nesta quarta-feira, contra a concessão de habeas-corpus a Daniel e Verônica Dantas. Em parecer enviado ao STF, o subprocurador-geral da República Wagner Gonçalves afirma que "não há, no caso, ameaça de violência ou coação iminente à liberdade demonstrada de modo objetivo ou, no mínimo, plausível".
Além do banqueiro e sua irmã, foram presos na Operação Satiagraha o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta e o empresário Naji Nahas e mais treze pessoas. Eles passaram a madrugada desta quarta-feira na carceragem da PF (Polícia Federal) de São Paulo. Eles são acusados dos crimes de gestão fraudulenta, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e formação de quadrilha, entre outros.
As investigações sobre o caso tiveram início há quatro anos, como desdobramento do caso 'mensalão'. Das 24 pessoas que tiveram a prisão decretada na operação, 17 foram encaminhadas à sede da PF. Os advogados de Pitta, Dantas e Nahas alegaram que seus clientes sofrem perseguição e disseram que as prisões foram injustas.
Suposto suborno - O Ministério Público Federal e a Polícia Federal pretendem apurar como Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity, soube com antecedência sobre a operação.
Há informações de que Hugo Chicaroni, a mando de Dantas, ofereceu US$ 1 milhão a um delegado federal para livrá-los da prisão. Na casa de Chicaroni foi encontrado o montante de R$ 1,180 milhão, dinheiro que a PF acredita que seria utilizado para o pagamento do suborno.
"A promessa de propina ao delegado da Polícia Federal serve para demonstrar a audácia do grupo criminoso, que não respeita as instituições brasileiras e não teme nem mesmo a proposta de propina", disse o procurador do Ministério Público Federal Rodrigo de Grandis.
Chicaroni e um outro envolvido no caso, Humberto da Rocha Brás, também tentaram convencer o delegado a criar uma nova operação para investigar um adversário de Daniel Dantas, o empresário Luís Roberto Demarco, ex-sócio do Opportunity.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.