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Jararaca pica menina de sete anos
Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
06/11/2006 | 22:32
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Uma menina de 7 anos foi picada por uma cobra da espécie Jararaca segunda-feira dentro da casa da avó dela, na Vila Balneária, em São Bernardo. O Resgate do Corpo de Bombeiros levou a menina de helicóptero até o Hospital Vital Brazil, ligado ao Instituto Butantã, para que a jovem fosse medicada. Ela passa bem, mas ficará em observação por pelo menos dois dias.

Gabriela Macena Bethke não havia ido à aula na manhã de segunda-feira porque estava com dor de garganta. A mãe dela, Tatiana Regina Macena Voltani, 25, levou a jovem ao médico para tratar do problema e depois foram à casa da avó de Gabriela, Célia Regina Aparecida Voltani, 48 anos, onde planejavam passar a tarde.

As três, avó, mãe e a menina, estavam no único quarto da casa, que abriga a cama de casal da avó Célia Regina e uma cama de solteiro, usada por uma irmã de Tatiana. Gabriela estava deitada na cama da avó e, por volta das 11h40, resolveu pegar um par de chinelos embaixo da cama de solteiro. “No que ela abaixou, já deu um grito e tirou bem rápido a mão de baixo da cama”, conta a avó Célia Regina. Elas perceberam na hora que o ferimento tratava-se de uma picada de cobra, então ligaram para o Corpo de Bombeiros, que chegou cerca de cinco minutos após a ligação.

“A minha filha ficou cuidando da Gabriela e eu fiquei parada na frente da cama de olho na cobra para que ela não escapasse”, conta a avó. Ela diz que não é a primeira vez que a família tem problemas com esses répteis. “Há seis meses, minha outra filha achou uma no banheiro”, diz.

Quando os bombeiros chegaram na casa, percebendo a gravidade da situação, acionaram o helicóptero Águia da Polícia Militar para o transporte da criança. A aeronave parou na rodovia Anchieta, próximo à saída do quilômetro 28, para resgatar a jovem e encaminhá-la ao Hospital Vital Brazil, na Capital. A cobra foi capturada pelos soldados do Corpo de Bombeiros, e também foi levada para o Butantã, para que fosse corretamente identificada. Tanto os bombeiros quanto os familiares da menina picada acreditavam que a cobra fosse uma Cascavel, quando na verdade tratava-se de uma Jararaca.

Gabriela permaneceu consciente até a chegada do corpo de bombeiros, e respondia às perguntas dos familiares até a entrada no helicóptero da PM. Dentro da aeronave, entretanto, a menina perdeu os sentidos, segundo a avó.

Os médicos do Hospital Vital Brazil informaram que o estado de saúde de Gabriela é estável. Ela teve inchaço na região da picada e o sangue contaminado, mas a previsão é que seja liberada daqui a dois ou três dias. “O que contribuiu para que a menina não tivesse lesões sérias foi a velocidade com que ela foi atendida”, explicou o médico João Luiz Cardoso, um dos membros da equipe que atendeu a criança.

A região onde Gabriela e sua família vivem, próximo ao Riacho Grande, é cercada por vegetação. Segundo a avó da menina, frequentemente cobras e tartarugas são vistos na rua, mas o contato com esses animais dentro de casa é raro.

A menina estava vivendo com a mãe há apenas 15 dias. Antes, ela vivia com o pai dela na cidade de Campinas, no interior do Estado.



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