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Clara Moreno, filha de Joyce, canta no Sesc São Caetano
Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
29/04/2005 | 11:51
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A morena bossa nova está no pedaço. Filha de Joyce e do também músico Nelson Ângelo, Clara Moreno vai nesta sexta-feira ao Sesc São Caetano para mostrar seu mais recente álbum, Morenabossanova (YBrazil, R$ 30, em média). Acústico e eletrônico se misturam nessa apresentação, que contará no palco com Rodolfo Stroeter (baixo) e Webster Santos (violão), além de Clara no comando dos efeitos eletrônicos e na voz.

O novo CD de Clara Moreno deixa transparecer o trabalho de uma artista coesa, criativa e sobretudo condizente com seu tempo. Dizer que sua música é moderna é pouco. O termo, já desgastado pela equivocada intenção de indicar uma pretensa renovação, não cabe. Clara Moreno é atual. Fala a linguagem de sua geração: incorpora o eletrônico, o rap, deixa-se influenciar pela música dos terreiros, canta sambas e ritmos brasileiros sem pudor ou afetação. Mas vai buscar no passado a bossa nova e seus ícones, e os trata com reverência e ousadia.

Seu timbre é forte e doce, mas nunca sutil demais ou cheio de delicadezas. Sua voz tem personalidade muito bem definida. E olha que a moça, de 34 anos, nem se intimida de ficar frente a frente com a mãe, Joyce, no estúdio, com quem gravou três faixas: Morena Bossa Nova (da própria Joyce), Dans Mon Ile (Henri Salvador/ Maurice Pon) e Heavy Telecoteco (Joyce/ Fernando Pinto). “Nesse momento, trocamos idéias, é uma colega de trabalho, Mas claro que há a mamãezona que curte tudo isso”, diz.

Clara não esconde a felicidade de lançar no Brasil este álbum – distribuído no ano passado no Japão e programado para o próximo ano na Europa. “Este é mais a minha cara”, afirma. A artista comenta que seus dois álbuns anteriores soavam mais pop e tinham mais elementos eletrônicos. Agora, predomina a sonoridade acústica.

Cidadã do mundo, Clara morou cerca de seis anos na França e começou carreira no Japão, por “uma questão de oportunidade”. Ainda não tão conhecida no Brasil, diz que pretende investir na terra natal, sem deixar de atender ao público estrangeiro. Não à toa, gravou uma faixa conhecida do francês Henri Salvador e outra em inglês, Slow Motion Bossa Nova (Celso Fonseca/ Ronaldo Bastos). O time que a acompanha é de primeira, a começar por Rodolfo Stroeter, que no CD toca, produz e arranja. Entre as feras que participaram, estão Marcos Suzano, Proveta e Celso Fonseca.

O título, Morena Bossa Nova, primeiro surgiu como idéia da cantora. “Comentei com a minha mãe que queria colocar esse nome e, dois dias depois, ela me presenteou com a música”, diz. Clara Moreno é a própria morena bossa nova. Não estranhe se, num breve futuro, alguém disser que “só dá ela”.

Violeiros – Outra atração de sexta-feira é o grupo Violeiros de Santo André, que dedica-se ao repertório sertanejo e deve tocar obras de Vital e Chico Lau, Tonico, Catulo da Paixão Cearense, Tião Carreiro e Dino Franco. O show será realizado no Sesc Santo André (r. Tamarutaca, 302. Tel.: 4469-1200), às 20h, com entrada franca.

Clara Moreno – Show. Nesta sexta-feira, às 20h. No Sesc São Caetano – r. Piauí, 554. Tel.: 4223-8800. Ingr.: R$ 10, R$ 7,50 (usuário matriculado) e R$ 4 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes).



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