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Região é a 3a em ranking de potencial de consumo
Niceia de Freitas
Do Diário do Grande ABC
13/04/2004 | 23:14
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O Grande ABC recuperou a terceira posição no ranking nacional de potencial de consumo que consta do estudo Brasil em Foco 2004, da Target Marketing e Pesquisas, que mede o potencial de gastos de cada município no contexto nacional. De acordo com o estudo, de cada US$ 100 gastos no Brasil, US$ 2,18 são desembolsados pela região - um IPC (Índice de Potencial de Consumo) de 2,18, ante 2,17 no ano passado. A terceira posição era ocupada por Belo Horizonte em 2003. O IPC da capital mineira no ano passado era 2,24 e caiu para 2,15 este ano. A soma da região ficou atrás apenas das cidades de São Paulo, líder nacional com 11,09, e do Rio de Janeiro, com 5,82.

O estudo considerou 5.560 municípios brasileiros. Atrás de Belo Horizonte ficaram cidades como Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Campinas e Recife. Se considerados apenas os 645 municípios do Estado de São Paulo, a região ocuparia a segunda posição em potencial de consumo.

Segundo o estudo da Target, a previsão de consumo no Grande ABC para este ano é de R$ 21,2 bilhões, resultado da multiplicação de US$ 7,191 bilhões - soma dos montantes das sete cidades - pelo dólar, cotado a R$ 2,95. O IPC atingirá US$ 328,6 bilhões no Brasil este ano, segundo o levantamento.

São Bernardo ocupa a 13º posição do ranking brasileiro, com potencial de consumo de US$ 2,4 bilhões, seguido de Santo André (16º, US$ 2,1 bilhões), Mauá (52º, US$ 860 milhões), Diadema (54º, US$ 845 milhões), São Caetano (77º, US$ 606 milhões), Ribeirão Pires (170º, US$ 279 milhões) e Rio Grande da Serra (515º, US$ 75 milhões).

Das sete cidades da região, Diadema (0,25), Mauá (0,26), Ribeirão Pires (0,085) e Rio Grande da Serra (0,02) cresceram, juntas, 0,032 em participação em relação ao ano passado, enquanto as outras três - Santo André (0,64), São Bernardo (0,73) e São Caetano (0,18) - perderam 0,018. Segundo o diretor executivo da Target, Marcos Pazzini, esse ganho proporcional representa US$ 45 milhões a mais para a economia local. "O que não sabemos é se essa população vai de fato gastar o montante na região", diz.

Uma das hipóteses apontadas para o crescimento nessas quatro cidades é o fluxo de empresas que se instalaram nelas nos últimos anos. A professora do Imes (Centro Universitário Municipal de São Caetano), Maria do Carmo Romeiro, cita como exemplo as empresas que se instalaram no pólo industrial de Sertãozinho, em Mauá, que possibilitaram a geração de maior riqueza para a cidade. No conjunto das quatro cidades, ela também acredita que existem investimentos de inclusão social, que elevam a renda das famílias.

Metodologia - De acordo com Pazzini, a metodologia do estudo é baseada em dados secundários de fontes oficiais, como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e institutos estaduais. O estudo Brasil em Foco apresenta dados demográficos e estatísticos com a quantidade de empresas por ramo de atividade e o potencial de consumo detalhado para 21 categorias de produtos.




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