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Comerciante é libertado após 23 dias de seqüestro
Mário César de Mauro
Do Diário do Grande ABC
19/02/2003 | 20:33
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O comerciante L.Y.W., 51 anos, dono do restaurante Kirin, na avenida Lucas Nogueira Garcez, em São Bernardo, ficou 23 dias em cativeiro e foi libertado pelos seqüestradores por volta das 22h desta terça após pagamento de R$ 70 mil de resgate, 10% do que foi exigido inicialmente pela quadrilha. L., indonésio e naturalizado brasileiro, disse ter sido bem tratado pela quadrilha.

Os seqüestradores fizeram o comerciante refém na noite do dia 27 de janeiro. Eles invadiram a garagem do prédio de L., no bairro Nova Petrópolis, em São Bernardo, quando ele chegava em seu carro.

O grupo usou o carro de L. para ir para a rodovia Anchieta, onde passaram o comerciante para outro veículo. “A primeira noite a vítima passou no meio do mato com dois seqüestradores, depois a quadrilha alugou uma casa para servir de cativeiro, e acreditamos que seja na área do bairro Alvarenga, em São Bernardo, ou no bairro Eldorado, em Diadema – prepararam-se para um seqüestro longo”, disse o delegado titular da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecente) de São Bernardo, Paul Verduraz, também responsável pelos casos de seqüestro na cidade e que orientou a família durante as negociações.

As negociações se iniciaram com um pedido de R$ 700 mil para que L. fosse libertado. A família do comerciante ofereceu menos de 10% do que foi exigido e não houve acerto com a quadrilha. Porém, no último fim de semana, os familiares completaram os R$ 70 mil, pagos depois de venderem um carro. Os seqüestradores aceitaram a proposta. “Levaram o comerciante até o bairro Alvarenga e deram R$ 3 para que ele voltasse para casa de ônibus, às 22h desta quarta. Ele afirmou que não sofreu violência física e que recebeu alimentação todos os dias”, disse o delegado.

Segundo a polícia, a quadrilha responsável pelo seqüestro possui de sete a dez integrantes. Um deles está identificado: é Alex Sandro Neto de Almeida, 24 anos. O rapaz trabalhou de motoboy no restaurante e confessou ter passado informações da vida e rotina do comerciante para seus cúmplices. A polícia prendeu Almeida no último dia 10, ele entregou três dos integrantes da quadrilha, conhecidos como Kleber, Jeferson e Dina. Por ter delatado seus companheiros foi espancado por presos na cadeia e morreu na última sexta-feira.




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