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Três são presos por aplicar golpe do bilhete premiado
Luciana Yamashita
Do Diário do Grande ABC
29/03/2008 | 07:27
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Três pessoas foram presas em flagrante por aplicar o golpe do bilhete premiado na Avenida Índico, em São Bernardo. Marlene Ramos dos Santos Belasques, 62 anos, e Dalva Alves de Oliveira, 47, abordavam, principalmente, aposentados pela facilidade de conseguir empréstimo.

O filho de Dalva, Alessandro Evangelista Alves de Oliveira, 29 anos, servia como motorista nos deslocamentos até bancos e também foi preso por estelionato. Duas vítimas já tinham identificado os estelionatários sexta-feira. Eles mostravam às vítimas um bilhete da quina com os últimos números sorteados, só que de um jogo que ainda não tinha corrido. Assim, as vítimas acreditavam que o bilhete era premiado.

A auxiliar de montagem Maria Socorro Marques Vaz Garcia, 52 anos, caiu no golpe na terça-feira. Ela retirou R$ 2.500 da poupança e entregou o dinheiro com a promessa de que receberia R$ 170 mil. Pediu ainda um empréstimo de R$ 7 mil, que seria liberado sexta-feira.

“Só não foi pior porque contei ao meu filho e ele desconfiou. Fomos a uma lotérica e descobri que o jogo ainda não tinha corrido”, diz.

A polícia foi avisada e acompanhou o encontro com os estelionatários, marcado para sexta-feira em frente à Igreja Santíssima Virgem, na Avenida Lucas Nogueira Garcez. “Era o dia para retirar o empréstimo no banco e o prêmio da loteria.” 

O golpe começou na terça-feira, quando Maria foi abordada por Dalva. “Ela se fingiu de pobre e coitada e perguntou se eu conhecia um endereço. Contou que estava com um bilhete da quina e precisava de ajuda porque não sabia ler. Chegou a outra mulher e fingiu ajudar.”

Segundo Maria, as estelionatárias pediram que ela sacasse dinheiro como prova de honestidade. “Compraram uma frasqueira para trancar os R$ 2.500 e o bilhete e deixaram em casa com um cadeado. Só que trocaram por papéis e eu não vi”, relata.

A aposentada Arlete Ramos, 75 anos, caiu no mesmo golpe em 22 de fevereiro. Ao todo, perdeu R$ 7.500. “Fui chamada pela polícia e reconheci as duas mulheres”, diz.

O delegado do caso, Paulo Alberto Mendes Pereira, do 1º DP, alerta para situações muito vantajosas. “É preciso desconfiar e ter cautela com quem não conhece. Caso alguém tenha caído no golpe, pedimos que procure a polícia.”



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