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Assessor de Spielberg vai ajudar na criaçao do parque da Globo
Do Diário do Grande ABC
18/01/2000 | 17:42
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O homem que ajudou o cineasta Steven Spielberg a realizar o filme "De Volta para o Futuro", Steve Marble, chega ao Rio em fevereiro. Vem com a missao de elaborar o que promete ser um dos brinquedos mais curiosos do Globopark, o parque temático que a Rede Globo está criando tendo como base a sua grade de programaçao: um simulador de jornalismo.

A idéia da brincadeira é fazer a pessoa "entrar" na redaçao da Globo, em Sao Paulo, onde receberá a incumbência de fazer uma reportagem. Em seguida, será envolvido em uma série de situaçoes, de acordo com o tema da reportagem que vai apurar. O resultado será exibido num "Jornal Nacional" virtual. "Ele vai desenvolver todos os story-bords que alimentarao o simulador e as aventuras", explicou o diretor de desenvolvimento e obras de projetos temáticos da Globo, Carlos Eduardo Rodrigues.

O parque terá 40 brinquedos. Metade deles, nos moldes tradicionais (como montanha-russa, roda-gigante, carrossel e toboágua). Os outros sao as principais atraçoes que retratarao a grade de programaçao da emissora com áreas para novelas, jornalismo, infantil, humor e esportes. Desse grupo faz parte o simulador de jornalismo, uma reproduçao dos estúdios do Projac (onde será possível "participar" de uma novela famosa ou contracenar com o gala do momento) e um cinema em 3-D cujos filmes serao feitos pelos atores da emissora com temática relacionada com a televisao.

O diretor de núcleo Jorge Fernando é o diretor de criaçao do empreendimento. Ele, o cenógrafo Mário Monteiro e o design Hans Donner estao desenvolvendo o parque há dois anos. Segundo Rodrigues, o Globopark ainda vai demorar outros três anos para a inauguraçao. O investimento será de R$ 400 milhoes. O parque vai ocupar uma área de 1 milhao de metros quadrados, nos arredores do Rio. Os brinquedos ocuparao metade desse espaço. Na outra metade, funcionará um complexo turístico. O projeto da Globo prevê que sejam construídos hotéis temáticos, de três e quatro estrelas, em um total de 1.500 quartos.

"Teríamos a ala das novelas de época e outra para novelas rurais", contou Rodrigues. "Vai ser possível dormir no quarto da Viúva Porcina, por exemplo", diz, referindo-se à personagem interpretada por Regina Duarte na novela Roque Santeiro, um dos grandes sucessos da emissora, exibida em 1985. Rodrigues explicou que essa parte turística será apenas coordenada pela Globo. "Nao vamos entrar nessa operaçao porque nao é o nosso negócio", disse.

O primeiro passo da Globo na área de parques temáticos foi dado no ano passado, quando assinou um contrato de sete anos com o desenhista Maurício de Sousa. Assim, em maio, será inaugurado, também no Rio, o Parque da Mônica. Três terrenos, distantes cerca de 60 km do centro da cidade, estao na mira da emissora para instalar seu parque. A direçao da Globo está negociando uma sociedade, pois a empresa nao está disposta a bancar a maior parte do investimento. "Vamos entrar com algum capital e todos os direitos", informou Rodrigues. "O valor da marca é muito alto".

A idéia do parque começou a ser discutida em 1996. No ano passado, o projeto começou a deslanchar, mas, segundo Rodrigues, a desvalorizaçao do real deixou "o mercado nervoso" e esfriou as negociaçoes. "Nos últimos dois anos, a área mais rentável das organizaçoes Disney sao os parques", afirmou. "Por isso a Globo resolveu investir nesse filao", continuou. "O parque abre uma grande porta na área de licenciamento e comercializaçao da programaçao da emissora".




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