Operação de crédito envolve montante de até US$ 50 mi para projetos, incluindo na Fundação
A Câmara de São Caetano deu aval ontem, em sessões ordinária e extraordinária, ao projeto do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) que autoriza o Executivo a contratar, com garantia da União, operação de crédito externo no valor de até US$ 50 milhões (o equivalente a R$ 207,1 milhões na última cotação) junto à CAF (Corporação Andina de Fomento), banco de desenvolvimento da América Latina. O documento registra que o financiamento será destinado à execução de obras que integram o programa de inovação e saneamento ambiental. O crivo favorável em plenário ficou em 14 a quatro, em ambas as votações.
Com a aprovação dos vereadores, o Paço tem a permissão para avançar na negociação que visa obter empréstimo na instituição internacional, o que ainda deve transcorrer para o último ano do mandato. Entre as condições tratadas no banco, carência de cinco anos e prazo de pagamento em dez anos. No pacote proposto pela gestão tucana há, principalmente, plano de revitalização do bairro Fundação, como obras de combate às enchentes, de desenvolvimento econômico, sustentabilidade e mobilidade urbana, além de intervenções para resolver problema histórico em torno do esqueleto do que já foi as Indústrias Reunidas Matarazzo.
A sessão se deu em ambiente de instabilidade nos bastidores. Começou com atraso, minutos após o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) votar pela cassação do mandato de Auricchio e do vice Beto Vidoski (PSDB). Oposicionista, César Oliva (PL) utilizou o expediente, sem sucesso, na tentativa de adiar a matéria da CAF. “O momento é mais um agravante.” Líder do governo, Tite Campanella (Cidadania) ponderou que o trabalho na casa “não muda nada”. “Esse texto da CAF, por exemplo, é projeto de governo. Não é pessoal e compromete da receita apenas 0,82% do orçamento.”
Presidente do Legislativo, Pio Mielo (MDB) falou que são necessárias “serenidade e responsabilidade” nos dois aspectos, admitindo, contudo, que os vereadores foram “pegos de surpresa”. “Imaginávamos que voltasse à pauta em fevereiro ou março, mas sabemos que há série de recursos ainda nesta instância e também no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).”
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