A reforma da unidade de saúde do Parque Miami, em Santo André, que vai transformar o equipamento em uma clínica da família, deve aumentar o atendimento em 20%. Atualmente, são tratadas 15 mil pessoas ao mês.

A reforma, que vai durar seis meses e consumir R$ 1,8 milhão, a partir de 9 de dezembro, vai revitalizar toda a parte estrutural do imóvel e também promover o aumento no número das equipes da ESF (Estratégia Saúde da Famlia) de quatro para seis. A unidade também vai contar com mais um dentista e uma nova cadeira odontológica, ampliando a cobertura da saúde bucal na região. O equipamento funciona das 7h às 21h e integra o programa Saúde na Hora, do governo federal.

A assinatura da ordem de serviço para a reforma ocorreu na tarde de ontem, na própria unidade. A última intervenção realizada no equipamento foi em 2005 e são visíveis as marcas do tempo. O telhado sofre com rachaduras e vazamentos e, com isso, são muitos os baldes espalhados pelos corredores para aparar as goteiras. Os atendimentos não serão interrompidos durante as intervenções. “A população pode esperar o padrão Qualisaúde chegando ao Parque Miami, uma unidade informatizada, ampliada, com instalações apropriadas, porque o que a gente está vendo aqui não tem condições”, afirmou o prefeito Paulo Serra (PSDB).

A administração também trabalha para repor um médico generalista para completar uma das ESFs. O secretário de Saúde, Marcio Chaves, explicou que, após a saída dos médicos cubanos que integravam o programa Mais Médicos, em novembro do ano passado, tornou-se difícil repor os profissionais de unidades mais periféricas. “Estamos discutindo a reclassificação dos salários para que seja possível essa reposição”, afirmou o gestor.

Paulo Serra reconheceu que a unidade é uma das mais deterioradas do município e que as obras só não começaram antes porque era preciso requalificar, primeiro, os serviços de urgência e emergência do município.

EQUIPES
Durante a vistoria na unidade de saúde do Parque Miami, o secretário de Saúde, Márcio Chaves, afirmou que a cidade perdeu o credenciamento de diversas equipes da ESF pela demora nas gestões anteriores em contratar médicos, enfermeiros e agentes de saúde.

“Tínhamos 138 equipes credenciadas e isso foi perdido. Agora, estamos trabalhando para retomar o programa”, explicou. A cidade conta, atualmente, com 52 equipes ativas, mas já existem outras 51 credenciadas aguardando contratação de pessoal. “Queremos chegar ao número de 138”, concluiu Chaves.