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Santo André retoma programa de combate à obesidade via SUS

Estimativa da Secretaria da Saúde é a de que 35% da população esteja acima do peso e 2.000 pessoas precisem de cirurgia bariátrica

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
07/11/2019 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 A Prefeitura de Santo André apresentou ontem programa para prevenção e cuidados acerca do sobrepeso e obesidade. A administração promete retomar ações, paralisadas desde 2006 na cidade, para auxiliar pacientes nesta situação via SUS (Sistema Único de Saúde). A estimativa da Secretaria da Saúde municipal é a de que 200 mil moradores estejam acima do peso, o correspondente a 35% da população andreense.

Ao todo, serão 30 profissionais destinados ao programa, entre assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e endocrinologistas. Os especialistas já trabalham na rede de saúde pública do município e serão realocados para o projeto. Além disso, o programa também contará com apoio de núcleo específico instalado no ambulatório de especialidade do CHM (Centro Hospitalar Municipal), onde serão feitas cirurgias bariátricas, e suporte dos funcionários das atenções básica e especializada. 

“Antes desta retomada, tínhamos apenas três grupos de profissionais para atender todo território andreense. Hoje, teremos sete, cada um responsável por cinco unidades de saúde. Vamos ampliar a capacidade de atendimento”, considera o diretor da DAS (Diretoria de Atenção à Saúde) municipal, Victor Chiavegato. 

As cirurgias bariátricas também serão retomadas aos pacientes com obesidade acentuada. O secretário de Saúde, Márcio Chaves, destaca que, dos 200 mil moradores com sobrepeso na cidade, 1% – 2.000 pessoas – necessita de cirurgia bariátrica. “Já realizamos força-tarefa para identificar os pacientes que precisam de tratamento. Foram 8.000 consultas seguidas de exames para chegar a esses pacientes que passarão pelo programa”, ressalta. 

Chaves ainda observa que, dentro do protocolo médico, não constará apenas a indicação para cirurgia bariátrica, mas, também, os procedimentos que antecedem a intervenção e que complementam o tratamento. “O protocolo prevê dois anos de cuidados, no mínimo, antes da cirurgia”, comenta. 

Prefeito da cidade, Paulo Serra (PSDB) observa que já existe fila de espera para o tratamento. Segundo ele, são 8.000 pessoas, consideradas prioritárias para o início das consultas. “Obesidade é a segunda causa de morte em todo País e esse programa visa transformar essa realidade, que muitas vezes aparece por meio de uma doença, como, por exemplo, o diabetes”, finaliza. 

INDICAÇÃO

A administração municipal recomenda aos moradores que, caso desejem participar do tratamento, busquem atendimento inicial na unidade básica de saúde mais perto de sua residência.




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