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Consórcios são mais atrativos mas dependem de sorte
Guilherme Yoshida
Do Diário do Grande ABC
11/03/2007 | 22:04
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Enfrentar uma dívida de logo prazo é um dos grandes entraves na hora de adquirir um bem de alto valor, como um imóvel ou um carro. Mas uma coisa é certa: quanto menores as prestações, maiores as chances de conseguir arcar com elas até o final do contrato.

Tanto o consórcio quanto o financiamento são maneiras seguras para a obtenção de crédito. Segundo especialistas, a grande diferença entre um e outro são as condições. No financiamento, o consumidor recebe o crédito rápido enquanto no consórcio é necessário esperar ser contemplado ou ter uma reserva de capital para poder quitar o débito em um lance.

O consórcio, por sua vez, tem se mostrado um investimento muito lucrativo para as pessoas que desejam adquirir um bem, pois o valor das parcelas é menor e as exigências para a aprovação de crédito são muito mais fáceis de serem cumpridas.

Os especialistas do setor também explicam que no consórcio não há empréstimo de dinheiro. A cada mês, o grupo paga o valor do prêmio para um ou mais consorciados. Por isso, não é preciso comprovar a renda e não há juros reajustando as prestações.

Já nos financiamentos, os bancos emprestam dinheiro e em cada prestação estão embutidos os juros equivalentes ao valor cedido.

Segundo a Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio), as facilidades oferecidas fizeram a adesão a consórcios crescer bastante nos últimos anos. “Em termos de custo, é melhor o consórcio, já que o preço final do bem adquirido será menor devido às baixas taxas de juros e encargos. No entanto, nos financiamentos, há a disponibilidade do carro ou do apartamento no momento da aquisição”, compara Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Oliveira conta que nos consórcios as prestações são corrigidas anualmente segundo o INCC (Índice Nacional da Construção Civil). Atualmente, os reajustes têm variado entre 3% e 4%. O valor que o contemplado receberá também é corrigido pelo mesmo índice.

“Porém, esta modalidade possui menor atratividade, já que a aquisição do bem consorciado é em função de um sorteio ou de um lance. O financiamento está vivendo um dos melhores momentos no País, já que em 2006 cresceu 25% e esperamos repetir esta performance este ano”, prevê Flávio Croppo, diretor-executivo da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras).



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