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‘Boca de Ouro’ está de volta ao Oficina
Mauro Fernando
Do Diário do Grande ABC
22/02/2001 | 18:53
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Com a reestréia nesta sexta de Boca de Ouro, o primeiro texto de Nelson Rodrigues dirigido por José Celso Martinez Corrêa, o Teatro Oficina Uzyna Uzona inicia o processo de gravação em tecnologia digital de dez de seus espetáculos. Uma das peças, a adaptação de Os Sertões, de Euclides da Cunha, é inédita. A próxima da lista é Cacilda!, que reestréia em abril.

O projeto envolve a comercialização do material filmado por Tadeu Jungle com seis câmeras em DVD e VHS e a transmissão, ao vivo, pela Internet. Boca de Ouro será gravado nos dias 10 e 11 de março. Embora o projeto não seja recente, o ator Marcelo Drummond o passou para o papel apenas no ano passado, quando também o levou para a Petrobras, que o patrocina com base na Lei Rouanet.

“A idéia é eternizar o efêmero do teatro”, diz Drummond. “Sou ator de teatro, não quero fazer novela para falar bobagens como ‘oi, quer um cafezinho?”, justifica. O Oficina planeja ainda colocar no mercado CDs com as trilhas das montagens e a íntegra dos textos encenados, além de ceder os direitos para a TV a cabo ou mesmo para a TV aberta.

Drummond interpreta na peça de Rodrigues o bicheiro carioca Boca de Ouro. Sanguinário, todo-poderoso, Boca ganhou esse apelido por substituir seus dentes por uma dentadura de ouro. O texto ataca aqueles que o autor chamava de “idiotas da objetividade”. Impulsionada pela emoção, Dona Guigui, ex-amante de Boca, traça em cada um dos três atos em que a peça é dividida um perfil diferente de Boca. Zé Celso surge no início do espetáculo como o personagem Dentista.




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