Duas unidades do Corpo de Bombeiros foram ao local momentos após o desabamento e retiraram os escombros que caíram sobre a casa, que também destruíram a Brasília. A vítima não morava na casa atingida, onde estava para visitar o irmão, o carpinteiro Manoel Rodrigues Pereira, 51, e a irmã, Maria Ângelo Pereira, 49, que sofreu ferimentos leves e foi liberada ontem do Hospital Nardini.

O sobrado se localizava abaixo de um barranco que, mesmo sem ter chovido nos últimos dias, desmoronou. As habitações vizinhas não sofreram danos. Cecília havia se mudado para uma casa próxima do lugar do acidente há cerca de um mês.

O pintor Raimundo Macedo, genro de Manoel e pai das duas crianças que estavam na casa, retornava do trabalho quando aconteceu o acidente. “Não acreditei no que vi. A sorte é que as crianças nada sofreram”, disse o pintor, que levou o restante da família para a casa de parentes na região. “Não quero nunca mais morar num lugar desses. Vou procurar um lugar que ofereça segurança para minha mulher e filhos e onde dê para pagaraluguel”, finalizou.

Moradores próximos também temem pelo futuro da área. “Muitas pessoas que moram aqui têm medo. Em casa, caem pedaços de laje quando chove um pouco mais forte”, contou Eunice Galdino Amorim.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Mauá informou que a área onde a casa se localiza é invadida e considerada de risco pela Defesa Civil da cidade, que orientou os moradores desse trecho da rua a buscarem outro lugar para morar. Segundo a assessoria, o proprietário do terreno realizou um levantamento topográfico das condições das diversas moradias e, junto à Prefeitura, pretende regularizar os lotes. Para tanto, estão sendo feitas obras de pavimentação e canalização de água e esgoto.

O velório e o enterro de Cecília aconteceu ontem, no cemitério municipal Santa Lídia, em Mauá.