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Seletiva define grupo para Mundial de judô
Kati Dias
Do Diário do Grande ABC
18/06/2005 | 08:04
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Os principais judocas brasileiros entram em ação neste sábado na seletiva que vai definir os atletas que representarão o país no Mundial de Judô, em setembro, no Egito. Novatos e veteranos medem forças e iniciam a briga por uma das 16 vagas (oito no masculino e oito no feminino), a partir das 9h, no ginásio do Pinheiros, em São Paulo. Neste primeiro dia, serão definidos os dois judocas que se enfrentam em melhor-de-três lutas - de cada peso - domingo. Mais de cem atletas foram convovados pela Confederação Brasileira de Judô para participar da seletiva, que contará com oito participantes por categoria. A região vai ter 16 representantes na competição, já que cinco não poderão lutar por causa de contusões.

A seletiva é considerada por técnicos e atletas como a mais disputada de todos os tempos. Além de reunir a equipe que defendeu o Brasil na Olimpíada de Atenas (2004), levará ao tatame a recém-criada seleção sub-25, os campeões brasileiros e integrantes da equipe júnior. Esta é considerada a chance de rejuvenecer a Seleção Brasileira, considerada a segunda mais velha que esteve na Grécia, atrás da Espanha. "É a primeira vez que participo de uma seletiva sênior", disse a ligeiro Marieta do Nascimento, de 19 anos, de Santo André, que luta com a carioca Daniela Polzin, que foi para a última Olimpíada.

A criação da equipe sub-25 deu aos mais jovens a chance de mostrarem habilidades para defender o segundo esporte que mais trouxe medalhas olímpicas para o país, com 11, o primeiro é a vela, com 14. "É a primeira vez que novatos, como eu, chegam com chance na seletiva", disse o pesado Walter Costa, do Imes/ São Caetano, que conquistou três ouros - dois no Pan-Americano de Porto Rico, e um no Sul-Americano, na Colômbia -, e briga com Daniel Hernandez, do Pinheiros. A seleção sub-25 manteve a liderança brasileira nas principais competições continentais. "Os jovens judocas podem surpreender os adversários com a sua força física, e as diferentes táticas e técnicas", disse o técnico de Santo André, José Gildemar Carvalho, que também comanda a meio-pesado Fernanda Parmegiani Casado e a meio-médio Mayumi Honishi.

Não é o que pensa a meio-pesado Edinanci Silva, uma das veteranas, considerada a favorita em sua categoria por causa da contusão da paulista Claudinere Cézar. "Renovação é bom e necessário para o judô brasileiro, porém, alguns atletas usam a seleção sub-25 como muleta para chegar à principal. Isso não é justo para os judocas que passam por várias etapas para tentar chegar à seleção", concluiu Edinanci, bronze no Mundial do Japão, em 2003.

O leve Leandro Arello, o Birigüi, do Mesc/ São Bernardo, concordou, em parte, com Edinanci. "Acho legal a inciativa da CBJ, mas não é o suficiente para que o judô brasileiro se iguale às principais equipes mundiais. É necessário se valorizar os atletas de hoje, levando-os para fazer intercâmbio por mais vezes com atletas estrangeiros", disse o judoca.




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