Setecidades Titulo Na divisa com Diadema
São Bernardo retoma canalização de córrego depois de quase sete anos

Obra no RIbeirão dos Couros, parada desde 2013, deve ser finalizada até dezembro de 2021

Flávia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
22/08/2019 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 Após quase sete anos de espera, a canalização do córrego Ribeirão dos Couros, na divisa entre São Bernardo e Diadema, será retomada. A promessa da administração do prefeito Orlando Morando (PSDB) é iniciar a segunda etapa de obras no local até dezembro, com previsão de término até o fim de 2021. Com a conclusão da intervenção, a expectativa da Prefeitura é ampliar o controle das cheias e criar nova alternativa viária ao tráfego de veículos.

A canalização do córrego, promessa antiga, foi iniciada em 2011, ainda na gestão Luiz Marinho (PT) e teve a primeira etapa finalizada no mesmo ano. No entanto, o serviço foi paralisado no início de 2013, quando foi alvo de investigação do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que julgou irregular o contrato entre a Prefeitura e o Consórcio Ribeirão dos Couros, orçado em R$ 146,5 milhões.

Segundo Delson José Amador, secretário de Transportes e Vias Públicas do município, o imbróglio só foi resolvido no início deste ano. “Fizemos raio X da situação desde 2017, mas, para continuar as obras, era preciso rescindir o contrato. Depois que fizemos acórdão em plenário, iniciamos a recisão no fim de 2018, porém, concluímos apenas no início de 2019, por causa dos ritos legais”, explica.

Ao contrário do contrato anterior, que incluía a canalização e adequação viária, serão dois editais desta vez: um para a canalização de todo trecho remanescente – cuja estimativa da licitação é de R$ 57 milhões – e outro para o ajuste do sistema viário do espaço restante – este edital deve ser publicado até o fim de agosto. “Desenvolvemos novas diretrizes para se encaixar nos termos legais”, afirma Amador.

PROBLEMAS

Moradores e trabalhadores do entorno da Chácara Sergipe destacam que dois dos principais problemas da obra paralisada são o acúmulo de lixo e a inundação de alguns pontos quando chove, como é o caso de parte da Avenida São Paulo, conforme relata Rinaldo da Silva Oliveira, 57 anos, funcionário de loja de materiais de construção na região.

Já a aposentada Maria de Oliveira Martins, 76, e a esteticista Lucilene Martins, 28, moradoras da Rua Oswald de Andrade, o mau cheiro é um dos fatores que mais incomodam, principalmente nos dias mais quentes.

A Rua Carlos Estevão, paralela ao Ribeirão dos Couros, faz parte da rotina do operador multifuncional Adenilton Domingos, 50, há 25 anos. Ao término das obras, a expectativa é que seu trajeto até o trabalho seja otimizado. “Quando eu vier de carro, vou poder cortar caminho e economizar quase dez minutos”, observa. “Já assisto a isso há anos. Tinha que estar pronto há muito tempo”, critica.

Amador ressalta que há planos para que o transporte coletivo utilize as vias quando a obra terminar, entretanto, ainda não há detalhamento de como isso ocorrerá.




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