Obra no RIbeirão dos Couros, parada desde 2013, deve ser finalizada até dezembro de 2021
Após quase sete anos de espera, a canalização do córrego Ribeirão dos Couros, na divisa entre São Bernardo e Diadema, será retomada. A promessa da administração do prefeito Orlando Morando (PSDB) é iniciar a segunda etapa de obras no local até dezembro, com previsão de término até o fim de 2021. Com a conclusão da intervenção, a expectativa da Prefeitura é ampliar o controle das cheias e criar nova alternativa viária ao tráfego de veículos.
A canalização do córrego, promessa antiga, foi iniciada em 2011, ainda na gestão Luiz Marinho (PT) e teve a primeira etapa finalizada no mesmo ano. No entanto, o serviço foi paralisado no início de 2013, quando foi alvo de investigação do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que julgou irregular o contrato entre a Prefeitura e o Consórcio Ribeirão dos Couros, orçado em R$ 146,5 milhões.
Segundo Delson José Amador, secretário de Transportes e Vias Públicas do município, o imbróglio só foi resolvido no início deste ano. “Fizemos raio X da situação desde 2017, mas, para continuar as obras, era preciso rescindir o contrato. Depois que fizemos acórdão em plenário, iniciamos a recisão no fim de 2018, porém, concluímos apenas no início de 2019, por causa dos ritos legais”, explica.
Ao contrário do contrato anterior, que incluía a canalização e adequação viária, serão dois editais desta vez: um para a canalização de todo trecho remanescente – cuja estimativa da licitação é de R$ 57 milhões – e outro para o ajuste do sistema viário do espaço restante – este edital deve ser publicado até o fim de agosto. “Desenvolvemos novas diretrizes para se encaixar nos termos legais”, afirma Amador.
PROBLEMAS
Moradores e trabalhadores do entorno da Chácara Sergipe destacam que dois dos principais problemas da obra paralisada são o acúmulo de lixo e a inundação de alguns pontos quando chove, como é o caso de parte da Avenida São Paulo, conforme relata Rinaldo da Silva Oliveira, 57 anos, funcionário de loja de materiais de construção na região.
Já a aposentada Maria de Oliveira Martins, 76, e a esteticista Lucilene Martins, 28, moradoras da Rua Oswald de Andrade, o mau cheiro é um dos fatores que mais incomodam, principalmente nos dias mais quentes.
A Rua Carlos Estevão, paralela ao Ribeirão dos Couros, faz parte da rotina do operador multifuncional Adenilton Domingos, 50, há 25 anos. Ao término das obras, a expectativa é que seu trajeto até o trabalho seja otimizado. “Quando eu vier de carro, vou poder cortar caminho e economizar quase dez minutos”, observa. “Já assisto a isso há anos. Tinha que estar pronto há muito tempo”, critica.
Amador ressalta que há planos para que o transporte coletivo utilize as vias quando a obra terminar, entretanto, ainda não há detalhamento de como isso ocorrerá.
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