Setecidades Titulo Alerta
Registros de sarampo mais do que dobram em 15 dias

Entre 5 e 19 de julho, números da doença passaram de 22 para 49 nas sete cidades

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
23/07/2019 | 07:00
Compartilhar notícia


 O número de moradores das sete cidades contaminados por sarampo – que estava erradicado no País desde 2016 – mais do que dobrou em período de 15 dias. A quantidade de casos confirmados da doença no Grande ABC, conforme boletim da Secretaria da Saúde do Estado, subiu de 22, no dia 5 de julho, data em que a região passou a integrar a campanha estadual de vacinação, para 49 na última sexta-feira. 

Santo André, São Bernardo e São Caetano, além de Guarulhos e Osasco, onde há circulação do vírus do sarampo, conforme o Estado, têm a meta de imunizar, juntas, 900 mil jovens e adultos entre 15 e 29 anos. No entanto, mesmo após ‘Dia D’, no sábado, apenas 4% do público-alvo foi protegido nestes municípios. Outras nove cidades foram incluídas na lista de prioritárias na semana passada, entre elas Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, na região. A força-tarefa segue até 16 de agosto.

Balanço de seis das sete cidades (exceto Rio Grande da Serra) aponta que 18.489 pessoas foram imunizadas contra o sarampo no ‘Dia D’. Coordenador do GT (Grupo de Trabalho Saúde) do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e secretário de São Bernardo, Geraldo Reple lembrou que a vacina é fundamental para uma nova erradicação da doença. “O Brasil completaria cinco anos sem nenhum caso de sarampo. Infelizmente não conseguimos atingir esta meta.”

Diretora do departamento de vigilância à saúde de Santo André, Ana Lucia Ferreira Oliveira Meira alerta que “quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir com o aumento da circulação de doenças”. O sarampo é doença altamente contagiosa, transmitida por meio de gotículas de saliva eliminadas pelo espirro ou pela tosse. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é de cerca de 12 dias, mas a transmissão pode ocorrer antes dos sintomas – manchas avermelhadas na pele, febre, tosse persistente, mal-estar, irritação nos olhos.

Não há tratamento específico para a doença. A vacina tríplice viral garante a proteção contra a doença, rubéola e caxumba e é contra-indicada para gestantes, pessoas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos.

Em 2019, foram confirmados 484 casos da doença no Estado. Desse total, 75% se concentram na Capital (363).




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;