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Mortalidade infantil cresce no Grande ABC
Valéria Cabrera
Da Redaçao
10/06/2000 | 16:25
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Apesar de a taxa de mortalidade infantil no Estado ter caído em 1999, em relaçao ao ano anterior, dados da Fundaçao Seade mostram que o índice aumentou no Grande ABC no mesmo período. Em 1998, a média regional era de 18,9 mortes para cada mil nascimentos. No ano passado, a taxa subiu para 19,53 por mil, um aumento de 3,3%. No Estado, houve reduçao de 6,9% em 1999, na comparaçao com o ano anterior. A mortalidade infantil refere-se a crianças com menos de um ano de idade.

Rio Grande da Serra foi a cidade que mais ajudou a elevar os números da mortalidade infantil. Em 1998, a cada mil crianças que nasceram na cidade, 25 morreram. No ano passado, subiu para 34. Ribeirao Pires também teve seu índice elevado de 14,75 para 18,38 mortes a cada mil nascimentos.

Segundo o subgerente de Saúde de Ribeirao Pires, Marcelo Barile Ascêncio, a intençao é reduzir a mortalidade a partir da inauguraçao da maternidade municipal, marcada para o próximo dia 27, e a implementaçao dos programas de Saúde da Mulher e da Criança. O Diário tentou entrar em contato com a Direçao de Saúde de Rio Grande da Serra e nao obteve retorno.

Já Sao Caetano reduziu em 27% a taxa de mortalidade, se aproximando de países desenvolvidos da Europa e da América do Norte, que têm índices entre 6 e 9 por mil. De acordo com dados da Fundaçao Seade, em 1998 a taxa ficou em 17,32 a cada mil nascimentos. No ano passado, esse índice caiu para 13,62.

Em 1998, Mauá tinha sido a cidade da regiao com maior aumento de mortalidade infantil, em relaçao ao ano anterior. No ano passado, o município reduziu de 22,76 por mil, índice de 1998, para 18,76 por mil a taxa de mortalidade.

O secretário da Saúde de Mauá, Jairo Georgetti, disse que um dos motivos para a queda foi a reabertura da maternidade do Hospital Nardini, que ficou fechada sete meses em 1998 por falta de recursos financeiros.

Segundo ele, a ampliaçao do Programa de Saúde da Família, que leva atendimento domiciliar para a populaçao carente, também influenciou nos dados. "Conseguimos ampliar o número de pré-natal realizado na cidade e, conseqüentemente, o tratamento precoce de doenças durante a gestaçao", afirmou.

Georgetti disse que a intençao é reduzir ainda mais o índice para o próximo ano. "Para isso, vamos ampliar o Programa de Saúde da Família e aumentar a capacidade do berçário do Hospital Nardini, para melhorar a qualidade do atendimento."

Outras cidades - A taxa de mortalidade infantil se manteve estável nos outros municípios da regiao. Santo André e Diadema apresentaram quedas, de 17,66 e 18,62 por mil em 1998 para 16,68 e 18,16 por mil, respectivamente. Sao Bernardo registrou leve aumento. No ano passado, a taxa ficou em 17,40 por mil e no ano anterior, 16,37.

O projeto mae-canguru, que dá tratamento diferenciado para bebês prematuros, vem sendo utilizado em Sao Bernardo e Diadema com o objetivo de reduzir a taxa de mortalidade infantil.




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