Acusados de assassinar os irmãos Igor Giovanni, 12 anos, e João Vitor dos Santos Rodrigues, 13, que tiveram os corpos incendiados e esquartejados, em setembro do ano passado, em Ribeirão Pires, o vigilante João Alexandre Rodrigues, pai das crianças, e Eliane Aparecida Antunes Rodrigues, a madrasta, serão levados a júri popular. A decisão ainda é passível de recurso e não há data definida para o julgamento.

A audiência sobre o caso foi realizada em 10 de fevereiro, no Fórum de Ribeirão Pires. Os réus foram pronunciados pelo juiz Sidnei Vieira da Silva, da 2ª Vara do município, no dia 17, e serão intimados da sentença por cartas precatórias, uma vez que estão detidos na Penitenciária do Tremembé, no interior do Estado.

Rodrigues responderá por homicídio qualificado por motivo torpe - com utilização de meio cruel (asfixia) -, emprego de recurso que dificultou a defesa das vítimas e para assegurar a impunidade de outro crime.

O vigilante ainda será julgado por destruição de cadáver e fraude processual, por tentar levar a Justiça ao erro, limpando as dependências da casa onde os filhos foram mortos e por se desfazer dos objetos utilizados para cometer os assassinatos.

Além de responder pelos mesmos crimes, a madrasta também é acusada de induzir as crianças à fuga.

Os réus ainda poderão ter a pena aumentada em um terço pelo crime ter sido praticado contra pessoas com menos de 14 anos.

Vítimas de maus-tratos, os irmãos fugiram de casa em 3 de setembro. Encontrados pela GCM (Guarda Civil Municipal), os garotos foram devolvidos para o pai e a madrasta pelo Conselho Tutelar. Dois dias depois, foram mortos.