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Morte de Celso tem homenagens separadas
Regiane Soares
Do Diário do Grande ABC
19/01/2004 | 23:07
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A reviravolta no caso Celso Daniel colocou em lados opostos a família do prefeito assassinado e os petistas de Santo André. Dois discretos atos públicos lembrarão nesta terça os dois anos da morte de Celso, executado em 20 de janeiro de 2002.

Nenhuma das partes confirma o distanciamento, mas o posicionamento distinto sobre o crime separa os que crêem na versão oficial de crime comum daqueles que apostam no trabalho do Ministério Público, que em dezembro passado denunciou o empresário Sérgio Gomes da Silva como mandante.

Há um ano, a família do prefeito assassinado e os petistas do governo do prefeito João Avamileno estavam lado a lado. Nesta terça, o primeiro ato em memória de Celso Daniel terá apenas representantes da administração municipal. Às 8h, no Paço Municipal, o prefeito e seu secretariado se reunirão para hasteamento das bandeiras de Santo André, do Estado de São Paulo e do Brasil a meio-pau, seguido da execução dos respectivos hinos. Na seqüência, Avamileno e sua equipe seguirão para o cemitério da Saudade, na Vila Assunção, onde está localizado o túmulo de Celso Daniel.

A família optou por um ato ecumênico com líderes das igrejas Católica, Presbiteriana e Batista. Ainda há a expectativa da presença de representantes das comunidades espírita e judaica, que ainda não confirmaram presença. A solenidade será realizada às 19h, na Câmara de Santo André.

A mãe de Celso Daniel, Maria Clélia, e os irmãos do prefeito, João Francisco, Bruno, Maria Clélia e Maria Elisabeth estarão presentes ao ato, mas não deverão se pronunciar sobre o caso. Eles não acreditam na tese de crime comum e defendem que há um ou mais mandantes. A família também defende o trabalho do Ministério Público, mas não confirma a culpa de Gomes da Silva, que está preso há mais de um mês, acusado de ser o mandante.

Segundo Bruno, somente os líderes religiosos vão falar sobre o prefeito. “Não vamos nos pronunciar porque isso não vai contribuir com aquilo que a gente busca, que é descobrir o motivo da morte do Celso”, disse.

O irmão disse ainda que não foi feito convite formal para o ato ecumênico a nenhum político. Mas aqueles que forem, segundo Bruno, serão bem recebidos. “O ato é aberto aos amigos do Celso, àqueles que votaram nele e àqueles que querem Justiça”, afirmou.




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