Mesmo com a igualdade, a Seleção continua dependendo apenas das suas forças para carimbar o passaporte rumo aos Jogos Olímpicos de Atenas (Grécia). No entanto, dependendo da combinação de resultados, o Brasil pode chegar na última rodada precisando vencer o Chile na próxima quinta-feira.

A situação é a seguinte: a Seleção Brasileira lidera o Grupo A com sete pontos ganhos. O Chile, que folgou neste domingo, aparece em segundo lugar com seis. O Uruguai é o terceiro com um ponto e paraguaios e venezuelanos seguram a lanterna sem nada.

Porém, na próxima terça-feira, quando os brasileiros não jogam, o Chile encara o Paraguai e o Uruguai tem pela frente a fraca Venezuela. Caso os donos da casa vençam a partida, eles assumem a liderança do Grupo com nove pontos e jogam por um empate diante do Brasil.

1º Tempo - A Seleção Brasileira entrou em campo com o mesmo time que terminou a partida contra o Paraguai, na última sexta-feira. O meia Wendell, do Cruzeiro, começou no lugar de Elano, do Santos, que sofreu uma forte entorse no tornozelo esquerdo e é dúvida para o restante da competição.

Se pelos lados tupiniquim havia apenas uma pequena alteração, pelos lados da 'Celeste' as mudanças eram seis. No entanto, quem começou com a corda toda foi o Uruguai. Logo no primeiro minuto de bola rolando, Sergio Leal levou perigo à meta de Gomes ao chutar cruzado.

O Brasil então resolveu impor o seu futebol dentro das quatro linhas e começou a atacar com mais objetividade. Aos 14 minutos, Robinho deu um belo toque para o lateral-esquerdo Maxwell, que desperdiçou mandando a bola por cima do gol.

Impedindo qualquer tentativa uruguaia de criar jogadas ofensivas, o Brasil continuou pressionando. Aos 16 minutos, Robinho fez uma bela jogada na entrada da área. Driblou um defensor e, com estilo, tocou colocado no canto esquerdo do goleiro Hernández. A bola passou raspando a trave e foi embora pela linha de fundo.

Aos 28, o atacante do Santos voltou a levar perigo para a meta 'Celeste'. De fora da área, ele mandou um petardo. Hernández, bem colocado, fez boa defesa e mandou a redonda para escanteio.

Os 'meninos' do Brasil se limitavam a atacar, e perder gols, enquanto o Uruguai se tentava impedir a abertura do placar. No entanto, este quadro durou até os 37 minutos, quando os adversários resolveram atacar e abrir a contagem.

Após uma descida rápida, o meio-campista Estoyanoff lançou Choy livre pela esquerda. Ele ganhou de cabeça do volante Paulo Almeida e tocou para Vigneri. O atacante, sozinho, só teve o trabalho de chutar na saída do goleiro Gomes.

O banho de água fria surtiu efeito na 'garotada' e, em menos de cinco minutos, o empate foi alcançado. Maxwell, apagado na partida, lançou Maicon na ponta-direita do ataque brasileiro. Com capricho, o jogador do Cruzeiro autor de um golaço contra os paraguaios, cruzou na cabeça do pequeno Robinho. Ele subiu sem marcação no meio da pequena área adversária.

Ainda no primeiro tempo, o Uruguai teve uma boa chance de ir para o intervalo em vantagem. Vigneri cabeceou forte e Gomes fez difícil defesa, mandando a escanteio.

2º Tempo - No segundo tempo, os 'celestes' voltaram ainda mais preocupados com a marcação. Já o Brasil retornou com uma alteração no ataque. Dagoberto, sem grandes jogadas, foi substituído por Marcel.

Porém, a criatividade brasileira proporcionou algumas chances de virar o jogo. Aos oito, depois de bela trama no ataque, Maicon rolou a bola para trás. O volante Fábio Rochemback, de fora da área, mandou um chute violentíssimo, que acabou explodindo no travessão. O arqueiro Harnández sequer se moveu.

Ao perceber que o Uruguai estava marcando bem seus jogadores, o técnico Ricardo Gomes resolveu promover uma alteração tática. Ele sacou o lateral Maxwell e colocou Paulinho no meio-campo. Desta maneira, Wendell acabou sendo improvisado na ala-esquerda da defesa verde-amarela.

Mesmo assim, a Seleção continuou desperdiçando as chances. Ricardo Gomes, novamente, tentou mexer de forma ousada. Ele tirou Diego, que não rendia a mesma coisa das partidas anteriores, e colocou o atacante Daniel Carvalho.

Como as outras duas alterações, essa também mudou em nada a postura do Brasil. A última chance brasileira de sair com os três pontos aconteceu aos 44 minutos. Fábio Rochemback cobrou falta da esquerda e Marcel, livre, cabeceou para fora.