Cultura & Lazer Titulo Literatura infanto-juvenil
Histórias da infância

Hoje, data de nascimento do grande escritor Monteiro
Lobato, é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil

Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
18/04/2012 | 07:06
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Um mundo de fantasias, aventuras, amizades e boas lições sempre se descortina com um livro infantil. Clássicos do gênero são eternos para adultos e crianças, viram hábito que instiga a leitura geração após geração e traz o compartilhamento de memórias e sonhos.

Hoje, na data de nascimento de Monteiro Lobato, é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil. Um dos maiores escritores do País de todos os tempos, Lobato conquistou fãs pela maneira inédita com que os cativou.

"Ele foi o fundador da literatura infantil brasileira. Antes tínhamos livros meio aportuguesados, com texto complicado, prosódia difícil, histórias medievais. Os personagens dele eram pessoas, gente como a gente, que falavam e pensavam como nós", diz Cláudio Feldman, poeta e escritor andreense que tem 12 livros infantis e um juvenil publicados.

Para ele, apenas no século passado os livros passaram a ser escritos exclusivamente para crianças. De histórias adultas com fundo moralista elaboradas para educar, a literatura infantil passou a ser feita com a perspectiva dos menores e centrada em seu universo.

"Histórias como 'Robson Crusoé' e 'As Viagens de Gulliver' foram escritas para adultos. As fábulas dos Irmãos Grimm, mesmo, vieram de lendas populares alemãs. Somente depois começaram a escrever para crianças."

Andréa Del Fuego, de São Bernardo, que tem no currículo um livro infantil e um juvenil, sempre busca escrever para os pequenos sobre experiências que eles podem viver. Para ela, num texto infantojuvenil não deve haver pergunta sem resposta e o público-alvo tem de ser contemplado pelas mãos do autor em sua perspectiva: "Busco pensar como se pensa na idade para a qual escrevo. Criança e adolescente não são seres de outro mundo, nós adultos já fomos também. Escrever para eles é questão de observação, de olhar para onde eles estão olhando."

Poesia e humor, para Feldman, são ingredientes indispensáveis na receita dos clássicos infantojuvenis. "O importante é fazer literatura com linguagem que a criança e o adolescente entendam, mas sem baixar o nível, facilitar. Isso se consegue com poesia e humor. Esses ingredientes contrabalanceam a literatura infantil moralista e melosa de antigamente."




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