Segundo o relato da cinegrafista, o desentendimento teria começado por causa de uma briga entre os filhos dos dois. Pela manhã, os garotos, de 11 anos, trocaram socos quando brincavam na estrada do Rio Acima, próximo às casas onde moram. Na confusão, o filho da cinegrafista levou a pior. Ao ver a criança com o rosto inchado, repleto de machucados, a mulher resolveu tomar satisfação com o segurança, pai do outro garoto.

A conversa teria se desenrolado em um tom moderado e o assunto foi dado como encerrado. À noite, no entanto, Santos foi até a casa da cinegrafista, onde, aos gritos, retomou a discussão. Os tiros foram precedidos por uma longa troca de farpas entre os dois. Assustados, moradores do bairro se encarregaram em alertar a polícia sobre o incidente.

Ao perceber a chegada dos agentes, o segurança correu para casa. Ele foi encontrado num dos quartos, escondido ao lado de um armário. No quintal dos fundos, em meio a um matagal, os policiais encontraram a arma que Santos empunhava na discussão, ao lado das duas balas picotadas. No pente da pistola, foram encontradas outros três projéteis.

Na delegacia, Santos admitiu ter discutido com a cinegrafista, mas disse ter feito os disparos para o alto, depois da briga e em seu quintal. A versão não convenceu o delegado que estava à frente da ocorrência e o segurança foi indiciado por tentativa de homicídio.